quarta-feira, 30 de novembro de 2016


SOBRE A LIBERDADE DE OPINIÃO

A morte de Fidel de Castro levantou grandes manifestações de pesar e um coro de protestos, porque este homem, mentor da Revolução Cubana, foi uma figura proeminente do século XX e início do XXI porque, pela primeira vez, se rompeu com o status quo, e contribuiu decisivamente para a criação, contra poderosos ventos e marés, de uma sociedade nova, consolidada ao longo de quase 60 anos, cujos resultados positivos para o povo cubano são inquestionáveis. Desde o infausto ou festivo acontecimento, os cubanos em Cuba têm demonstrado o apego à sua Revolução e o empenho em defendê-la. Lá virão os velhos do Restelo, novos e velhos, dizer que não houve expontaneidade, foi tudo arrebanhado, mas só se convencem a si próprios e aos mesmos de sempre.

Um amigo comentou o meu artigo sobre este tema, afirmando que: as revoluções não se fazem apenas com cravos na ponta das espingardas…Inteiramente de acordo meu caro e aí está a «nossa» Revolução de Abril a atestá-lo, com aspectos muito positivos mas também com outros extremamente negativos, conducentes à situação social, económica e financeira actual, com mais de 2.000.000 de portugueses no limiar da pobreza e, em paralelo, cada vez mais milionários (parece obedecer ao princípio dos vasos comunicante!!!).

O que então escrevi, motivou a indignação de amigas/os meus (não me refiro aos postiços do FB) porque defendi Fidel (e continuo como tal), um ditador, que massacrou opositores, impediu e impede a liberdade de expressão aos cubanos.

Ainda hoje, ouvindo um excelente programa da RDP Antena1, intitulado «Puxar o fio à meada» e preenchido por vários execelentes oradores de 2ª a 6ª feira, hoje o escritor Rui Cardoso Martins que se declarou iconoclasta e execrou a idolatria de alguns a Fidel de Castro. Respeito a sua opinião e já me agradaram diversas das suas prédicas, mas há uma idolatria, hegemónica no planeta, a do cifrão $, uma religião, essa sim, que avassala tudo e todos, agravando a miséria e a fome.

Ora aqueles amigos, tal como o orador referido, sobrepõem a tudo a liberdade de expressão, como a expressão democrática máxima. Onde é que ela é plena, absoluta? Em Portugal há verdadeira liberdade de expressão, quando todos os media, publicos e privados, incluindo os desportivos, são controlados por uma poderosa clique, a mando do grande capital e não haja receio nem se fuja a afirmá-lo. Por outro lado, os caciques do estado velho ou os seus descendentes mais algum clero reaccionário, continuam a dominar amplas regiões do país, sobretudo as menos desenvolvidas, condicionando as opiniões e as escolhas eleitorais dos cidadãos, desde o 25 de Novembro de 1975.

Além do que se passa neste país, quais são aqueles onde se exerce a liberdade de expressão em plenitude? Pois eu respondo: não há nenhum.

Concluindo, voltemos a Cuba, pergunto: as grandes conquistas da Revolução Cubana, reconhecidas por toda a gente, mesmo os opositores internos e estrangeiros, devem ou não, ser defendidas ou entregues à voragem da tal liberdade de expressão, queiram ou não, sempre controlada?




domingo, 27 de novembro de 2016


MORREU O «DITADOR» FIDEL DE CASTRO



Fidel de Castro, foi figura maior do século XX, mesmo para aqueles que não nutrem simpatia por ele. Nas ruas de Havana, noutras cidades cubanas e pelo mundo. houve manifestações de pesar enquanto que em Miami foram reacções de júbilo pelo desaparecimento de Fidel.

O título que domina os media em Portugal e no estrangeiro foi: MORREU O DITADOR.

Ditador porquê? Porque, com apoio do seu povo, defendeu sempre, sem desfalecimentos, a sociedade socialista implantada em Cuba desde 1959, contra inimigos internos e externos poderosos, como os EUA? Segundo foi revelado ontem, houve mais de 600 tentativas de assassinato de Fidel, promovidas e municiadas pelos EUA que nunca aceitaram a vitória da Revolução Cubana sobre o seu protegido Fulgêncio Batista, um ditador sanguinário e corrupto, num país transformado em grande casino e antro de prostituição. De resto, os EUA protejaram, durante décadas, todos os terríveis ditadores sulamericanos, causadores de sofrimentos inauditos nos povos da região, nomeadamente Pinochet, Videla, Figueiredo, e tantos, tantos outros.

É preciso não esquecer a malograda tentativa de invasão na Baía dos Porcos, por tropas estadunidenses que foram derrotadas e humilhadas pelo exército deste minúsculo país insular. Sem o sustentáculo do seu povo, vítima de um sofrimento atroz, tal não teria sido possível.

Quase sessenta anos passados a Revolução triunfou criando uma sociedade sem classes e a realidade actual dos cubanos demonstra-o.

Neste país, após a erradicação do analfabetismo, o ensino é gratuito a todos os níveis escolares, desde a instrução primária ao doutoramento, a saúde é igualmente gratuita para todos, credenciada e reconhecida na OMS e nos meios científicos internacionais que tem formado profissionais altamente competentes, os quais têm dado apoio a países de vários continentes, em cumprimento do internacionalismo proletário. Também é um marco importante a igualdade de salários nas empresas publicas, entre operários e técnicos superiores.

Esta situação é uma realidade apesar do criminoso embargo dos EUA, condenado em praticamente todas as instâncias internacionais, que ao longo de mais de 50 anos, isolou do resto do mundo a pequena ilha, ao pé da sua porta, impedindo o relacionamento aberto com todos os países, em benefício mútuo. Não é despiciendo salientar também a importância da propaganda da sociedade de consumo desenfreado, em muitos casos do superfluo, em prejuizo do essencial, fenómeno a que os mais jovens são sensíveis.

Por outro lado, o colapso da União Soviética, principal parceiro de Cuba, com trocas de bens essenciais, em todos os domínios do mercado, dificultou ainda mais a vida dos cidadãos e o desenvolvimento nos mais diversos sectores.

Mesmo assim, Cuba resistiu, está bem viva, porque é apoiada pelo seu povo. Quantos países conseguiriam resistir à gigantesca pressão exercida pelo colosso estadunidense, seus indefectíveis aliados, denegrindo permanentemente a sua imagem, com o objectivo de sufocá-la? Uma das principais pedras de toque contra Cuba é a alegada falta de liberdade de opinião. A proposito, um dos opositores mais famosos do regime, Guillermo Fariñas, herói dos media «ocidentais», é frequentemente entrevistado e escreve artigos de opinião quando lhe apetece, de tempos a tempos faz greve da fome, o que é que lhe acontece?

Até agora perderam, a luta continua.

sexta-feira, 25 de novembro de 2016






MAIS UM POLÉMICA INVENTADA PELA DIREITA



Polémica artificial, pois se já estava escolhido António Domingues para presidir à CGD, era de todo interêsse nacional que ele estivesse presente em Bruxelas. Onde é que está a alegada falta de transparência? O PPD, particularmente o dr.Rangel, uma figura bizarra, à falta de argumentos de oposição ao governo, sem vergonha inventa polémicas, a exemplo do seu chefe Passos Coelho que disse, de modo grosseiro, que era preciso ter lata ao usar, para benefício próprio, o pagamento antecipado ao FMI. Esta da lata pegou pois agora foi o Leitão Amargo a empunhá-la.
Dentro do partido deles começa a aparecer a gente lúcida que está farta deste inqualificavel comportamento de derrotados sem retorno.





SOBRE A ULTIMA SONDAGEM DA UNIV. CATÓLICA



Esta sondagem, vale o que vale, assim diz o cliché na moda, Os partidos de esquerda no seu conjunto ficariam, na dita, próximo dos 60% e a direita nos 36%. Trata-se de mais uma machadada no Passos Coelho, Paulo Rangel, Luis Montenegro, Leitão Amaro, na verdade intrinsecamente amargo, Carlos Carreiras sempre careca e insultuoso e outros mais ou menos agressivos, mas também Santana Lopes que iniciou agora o ataque ao presidente Marcelo por causa da visão côr-de-rosa… todos eles ainda não conseguiram adaptar-se à derrota e a um, mais que certo, jejum prolongado


domingo, 20 de novembro de 2016





ULTIMATO DO PPD DE HOJE (18/11/2016) AO GOVERNO



Ultimato do PPD ao governo: houve ou não houve compromisso escrito???? E depois? Está, ou não está, estabelecido definitivamente que a resolução desta insólita estória é competência exclusiva do Tribunal Constitucional? O desespero é de tal dimensão, depois das várias previsões catastróficas do PPD terem caído por terra ao longo da semana, que os seus dirigentes e outros apaniguados, perderam o tino e esbracejam descoordenadamente, como se afectados por graves perturbações neuronais.

Quando se esperava uma mudança de atitude perante as ultimas revelações da UE, voltam à carga, exigindo a resposta a varias questões relacionadas com o putativo compromisso escrito, repercutindo-se insistentemente nos media..

Será que, apesar do apoio claro quotidiano, de praticamente todos os media nacionais, a este partido, insistindo em qualificá-lo de social democrata, o que não é nem nunca o foi, os portugueses ainda não se deram conta desta pseudo oposição pífia que anda às aranhas, sem saber como ter um comportamento consistente?









ANGOLA UM PAÍS RICO COM 10 MILHÕES DE POBRES

SIC, 17/11/2018

Fiquei chocado e indignado ao ver este programa. Trata-se de uma despudorada mistificação a referência à multidão de pobres, pois pergunto: como se fez o calculo? Em 2013, na net, a população angolana era de 21,47 milhões, isto é, segundo a SIC cerca de metade são pobres!!!!

Não pretendo branquear uma situação social preocupante, mas a avaliação feita no programa em causa é desproporcionada. Por outro lado, enaltecer apenas as aspectos negativos é, no mínimo, injusto, para não lhe conferir outro adjectivo mais agressivo.

Senão vejamos, uma história curta de 4 décadas, na qual prevaleceu um período de guerra devastadora e despendiosa em termos humanos e financeiros, terrminou em 2002, embora a desminagem ainda não tenha sido concluida. Este conflito, não provocado pelo MPLA, levou à destruição maciça de meios urbanos, rurais, infraestruturas rodoviárias e todas as outras. Assim, nos ultimos 14 anos, em relativa paz, iniciou-se a gigantesca reconstrução dos país, tendo sido construidos milhares de habitações, de escolas, hospitais, estradas e respectivas infraestruturas fundamentais, está-se reactivando, paulatinamente, toda a rede sanitária, educacional, comercial e industrial, porque é que não coube qualquer referência da SIC a esta realidade indesmentível?

Deveria ter havido maior investimento  para o bem estar do povo angolano? Poderia ter-se feito muito mais nesse sentido? Sim, contudo, não é justo pôr a tónica apenas nas desigualdades sociais, «esquecendo-se» tudo aquilo que já foi feito.

De qualquer modo, partindo-se de uma situação social calamitosa da maioria dos angolanos, à data da independência, agravada por uma longa guerra, poderia ter sido feito muito mais em 14 anos?
Aplica-se bem a Angola o sábio provérbio português de que «Roma e Pavia não se fizeram num só dia».


domingo, 13 de novembro de 2016


POIARES MADURO E A CRIAÇÃO DE UMA COMISSÃO AVALIADORA DA IDONEIDADE DOS CANDIDATOS AO GOVERNO



12 NOV, NA RADIO renascença


Criar uma comissão para avaliar a idoneidade dos pretendentes ou indigitados para o governo???Mas que despautério!!! Reflicta um pouco, senhor nada maduro, aconselhe-se com alguém capaz, pois perdeu uma boa ocasião para ficar calado. Então não lhe passou pela sua, aparentemente ôca, cabeça de que quem escolhe os governáveis é o partido ou coligação governante, escolha que será ratificada ou não pelo presidente da republica???? Trata-se de um disparate próprio de quem esteve no governo sem saber como nem porquê e que, certamente, não passaria no seu nado morto aberrante teste.






ANTÓNIO BARRETO E A LIÇÃO DA AMÉRICA

DN, 13/11/2016



Até onde irá este político? Segundo ele, a autojustificar-se, só os burros não mudam e eu acrescento: o seu limite é o céu, mas com nuvens...Parece que começou no PCP, embora a sua volublidade apontasse mais para um grupo esquerdista, passou pelo PS, «apagou» a Reforma Agrária, foi-se mudando, sempre contra a canhota, ao estilo de Zita Seabra (por onde andará esta?) e agora aproveita para vir em defesa de Trump, atacando aquilo a que chama «as esquerdas» que (infelizmente???) não perceberam a vitória daquele populista e outros istas nada recomendáveis.
Não acha que o sistema eleitoral dos EUA é injusto e anti democrático? Explique como é que se contitui o colégio eleitoral com a disparidade de estado para estado. Apesar das suas limitações, nomeadamente a pressão dos media e dos caciques, o sistema um homem um voto, não é o mais justo? Por acaso (?) só se lembrou de que Trump foi eleito por mais de 60 milhoes de americanos, mas «esqueceu-se» de que Hillary Clinton teve mais cerca de 400.000 votos do que ele e perdeu a eleição !!!.


quarta-feira, 9 de novembro de 2016


BATEPAPOS VADIOS 4 

BAGÃO FELIX E OS CHICO-ESPERTISMO DOS VOUCHERS

Porquê chico-espertismo ter-se levantado o caso dos vouchers? Quere-me parecer que chico-espertismo é a oferta dos vouchers aos árbitros. É pertinente, plenamente justificada a pergunta: qual o objectivo de se oferecer prendas aos árbitros?. Não acha que esse procedimento, queira-o ou não, seja considerado suspeito? Sobre a contratação pelo Sporting de Nelson Évora sugiro uma revisão detalhada das várias mudanças ao longo dos anos.
Por ultimo, lamento dizê-lo, não esperava esta intempestiva reacção de Bagão Felix , um homem político que sempre me mereceu respeito, apesar-de termos perspectivas ideológicas muito diferentes





A VITORIA DE TRUMP, PORQUÊ?



Nos EUA, um estado federado, extenso e com grande riqueza, com mais de 200 milhões de habitantes, existem enormes desequilíbrios sociais os quais, a meu ver, explicam a inesperada e indesejada vitória esmagadora de Donald Trump..

Um deles é evidente nos cerca de 10% de pobres, sem assistência social e de saúde o que Obama tentou mitigar com o Obamacare e com outras medidas que o Congresso, dominado pelos republicanos, sistematicamente bloqueou e que Trump prometeu anular.

Outro aspecto do desequilibrio social resulta de que actualmente a educação de qualidade neste imenso país é extremamente cara o que impede a maioria de lhe ter acesso e explica porque razão existe apenas uma minoria intelectual com muito elevado nível cultural, notável capacidade científica, admirados no mundo civilizado e grande espírito solidário, em contraste com uma enorme maioria onde predomina a iliteracia e uma confrangedora ignorância relativamente a tudo que ultrapasse o seu meio ambiente restrito. Foi esta maioria que se rendeu ao populismo e à mistificação de Trump que apelou ao sentimento nacionalista e ao isolacionismo para a ressurreição da Grande América. Sobre a deturpação aleivosa de Trump relativa à realidade actual nos EUA, nomeadamente a recuperação económica com a criação mensal de centenas de milhar de empregos, ela ficou, a meu ver, clara para quem viu o ultimo programa, de 7 de Novembro p.p., o Prós e Contras da RTP

quarta-feira, 26 de outubro de 2016


BATEPAPOS VADIOS 3



Sobre o prémio Nobel da Literatura 2016 para Bob Dylan e a opinião de Mario Vargas Llosa



Pelo andar da carruagem, Vargas Llosa terá razão ao preconisar uma absurda decisão de contemplar um futebolista com o Nobel da Literatura de 2017.
É bem verdade que há artistas da bola, como Ronaldo, Messi, Roben, Griezman, que «escrevem fantásticos poemas» nos relvados, deixando os adversários atónitos e o público rendido a tais encantos. Eles são premiados periódicamente, com maior ou menor espírito de justiça, pelos Comités Internacionais do futebol, tal como Dylan foi, várias vezes, galardoado pelos «Nobel» da Música. De facto, por muito que se aprecie e considere Bob Dylan um génio da música universal, a sua excepcionalidade nessa arte, não justifica o prémio que lhe foi conferido agora. Entretanto, o Comité Nobel desvalorizou a literatura, desprezou todos os precedentes vencedores, entre os quais o «nosso» Saramago e «esqueceu-se» de grandes figuras das letras mundiais como, por exemplo, Haruki Murakami e, porque não, António Lobo Antunes, um excelente escritor louco.
Concluindo, com toda a humildade atrevo-me a dizer que será candidato, num futuro próximo, um jovem já grande escritor português, Gonçalo M.Tavares



Sobre os bombardeamentos em Alepo na Síria

As imagens são esclarecedoras da alarmante destruição desta cidade histórica, património da humanidade. É indiscutível a imperatividade de pôr côbro a esta guerra. Contudo, é também imperativo que lembrar como se iniciou a guerra na Síria a que a cidade de Aleppo pertence em lugar de se escamotear que a responsabilidade não cabe apenas, na visão maniqueísta, aos «maus», neste caso ao «regime sírio» (eufemísticamente assim tratado, em quase todos os media nacionais e internacionais), à Rússia e ao Irão, pois os «bons», EUA, NATO, UE, nada têm a ver com o problema. É bom recordar a chamada «Primavera Árabe» preconizada pelo chamado Ocidente, rastilho da convulsão no norte de África, Médio Oriente e Mesopotâmia, transformando estas regiões num barril de pólvora ao desestabilizar-se todos os países nelas incluidos, excepto Israel, um santuário de paz com cerca de 200 ogivas nucleares .Basta olhar-se para o que se passa na Líbia, Egipto, Tunísia, Iraque, Síria e para os milhões de refugiados, num verdadeiro holocausto às portas da Europa. E porquê???? No fundo. no fundo, talvez sejam as maiores reservas de petróleo e também a Rússia, o inimigo numero 1, o mal dos males, o responsável único por crimes contra a humanidade, tal como foi condenado, antes do julgamento, Milosevic (recentemente ilibado...).
Seria estúpido não reconhecer também que a Rússia tem responsabilidades criminais, dentro e fora das suas fronteiras, mas é idiota e de má fé assacar-lhe tudo o que de mal se faz e fez, em contraponto com os «bonzinhos», benfeitores da humanidade. Cometi uma falha, não imperdoável porque estou a emendá-la,,ao não referir a extrema hipocrisia de quem fala sobre crimes contra a humanidade e apela a tréguas enquanto que, simultâneamente, fornece armas ligeiras e pesadas aos beligerantes. De facto, como travar os vários conflitos, incluindo os relacionados com o Daesh, enquanto floresce o negócio das armas, o mais rentável de todos, que causa milhões de mortos e estropiados e a destruição maciça de povoações e campos? Porque será que as ONG, de vários matizes, não têm como prioridade a luta contra esta indústria letal, causadora

de catástrofes, principais responsáveis de crimes contra a humanidade????


O BE E OS SEUS TRAUMAS POLÍTICO-IDEOLÓGICOS



É um trauma que afecta a direcção do BE, acompanhando, em algumas situações políticas, o CDS o que é uma coincidência bizarra. Têm todo o direito de não gostar de Cuba que continua a resistir passado mais de meio século de embargo, tal como não gostam do MPLA, partido maioritário em Angola e do seu presidente, na sua perspectiva «um feroz ditador».
Recusaram-se agora a integrar a comitiva presidencial na visita a Cuba, tal como o tinham feito na ida a Angola, numa estranha posição única a nível partidário.

Em Cuba o BE só deve tolerar Guillermo Farinas, o rosto da chamada «oposição democrática» que presta declarações frequentes aos media ocidentais, atacando o regime cubano que, segundo ele, escraviza o seu povo e, numa entrevista à RDP, afirmou que Fidel Castro é uma figura satãnica, responsável numero 1 pela ausência de democracia no país. Assim Farinas expressa abertamente a sua opinião demolidora sobre a situação em Cuba onde, segundo ele e a maioria dos media, não há liberdade de expressão….




terça-feira, 25 de outubro de 2016

BATEPAPOS VADIOS 2

Em Espanha, finalmente governo….(O PSOE após a demissão de Pedro Sanchez)


DN 23/10/2016

São os mesmos que têm ajudado a manter o status quo, isto é, deve ficar tudo como até agora, apesar das fraudes e corrupção que pululam no PP, nomeadamente por altos dirigentes desse partido. Os dirigentes provisórios do PSOE estendem assim a mão ao senhor Rajoy, dão o dito por não dito, atraiçoando os seus militantes, numa demonstração de cataventos sem escrúpulos. Assim, aliaram-se aos CIUDADANOS, dissidentes do PP, que tinham afirmado categoricamente nunca viabilizar um governo de Rajoy, e afinal, mais um sem vergonha, roeram a corda. Lamentável!

Da sua capitulação o PSOE não deverá tirar benefícios políticos mas sê-lo-à, sim, o PODEMOS.





25 OUT, 2016 PAÇO DE ARCOS 16:21



O país ainda não absolveu os desertores da guerra colonial,,,,,

Sapo, 25/10/2016



Qual país? O país dos saudosos de 5º império? O país dos ainda entranhados do salazarismo? O país dos saudosos da sociedade colonial que beneficiava uma minoria e desprezava a maioria sem direitos? Por outro lado, a palavra desertor tem conotação depreciativa, sobretudo para os atrás referidos que consideram uma traição daqueles que recusavam morrer por quem fomentou uma guerra colonial injusta que podia (e devia) ter sido evitada se a mente doentia e criminosa de Salazar não recusasse conversações com os movimentos de libertação, solicitadas na década de 50 do séc.XX. É injusta e inaceitável a afirmação deste artigo de que o país (?) ainda não absolveu os «desertores» onde os mesmos saudosos incluem os angolanos, moçambicanos, caboverdeanos, guineenses, santomenses que lutaram pelo seu país até à independência.





Sobre as afirmações de Pinto da Costa na gala dos dragões de ouro de ontem

25/10/2016

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E a comunicação generalista e futebolista, obviamente à parte a que é seu portavoz quotidiano, fica impávida e serena perante o reiterado apelo de décadas deste dirigente, ao provincianismo bacôco, à divisão norte/sul, entre nortistas e mouros, ao ódio aos adversários do sul, numa prática sistemática de «lançamento de gasolina na fogueira». Foi seu homólogo, embora sem relação com os futebóis, mais grave ainda, o dirigente regional já reformado que, em tempos, ameaçou, sem subterfúgios, à independência da região de que era dono e senhor.





Entrevista ao padre polaco Krzystof Charamsa

DN 25/10/2016



Enquanto for obrigatório o celibato para os padres católicos, é irrelevante esta denuncia de Charamsa, sobre heterosexualidade e homosexualidade, no interior da igreja. Cumprindo o juramento de castidade que, voluntáriamente, fizeram, enquanto padres, deverão comportar-se, na sociedade, como assexuados, uma anormalidade biológica
VADIOS 2

domingo, 23 de outubro de 2016

BATEPAPOS VADIOS

Não publico há vários meses neste meu blogue porque, embora seja visitado por muitos internautas, é raro que emitam qualquer opinião escrita. Ora, assim, perde-se, a meu ver, o principal objectivo de um blogue. Contudo, regresso agora, na perspectiva de vir a atingir aquela finalidade.
Inicio hoje os meus bate-papos vadios, relembrando um velho hábito que tínhamos na Casa dos Estudantes do Império, nos gloriosos e, ao mesmo tempo, negros anos salazarentos de 60 do século XX.
Vem, a propósito, recordar um encontro fortuito, na esquina da João XXI com a avenida de Roma, junto a uma garrafeira que ali existia, cerca das 22 hores, com três amigos cestimpérios, o Joaquim Salústio, o Costa Andrade e o Victor Duarte. Ali parámos e demos início a um bate-papo sobre a situação em Angola e perspectivas a curto prazo. Separámo-nos eram 3 da manhã!!!

Os papos seguintes convosco versam temas que tenho abordado nos últimos tempos, no FB e jornais, e considero relevantes

Francisco José Viegas Acredita que mais de metade dos livros que se publicam em Portugal, «se fossem produtos de supermercado, as pessoas não os compravam».

(Jornal I de 16/10/2016


Nunca percebi como é que Francisco José Viegas, um intelectual progressista, fez parte como Secretário de Estado da Cultura, de um governo que «puxava da pistola» logo que ouvia falar em cultura. Mas adiante, creio que ele tem razão ao afirmar que se publica, em Portugal, uma babel imunda de livros. A propósito, a cultura universal arrisca-se à atribuição de um Nobel da Literatura ao pivô da RTP Rodrigues dos Santos. Nunca li, nem vou ler, qualquer das suas espessas obras que se vendem às centenas de milhar, pois basta-me ouvê-lo e, sobretudo, ver o seu arrogante e despropositado pisca-olho, certamente cultural para si e seguidores, com que brinda os telespectadores

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(Jornal de Notícias de 10/10/2016)



O Presidente da Republica Marcelo Rebelo de Sousa homenageou o Cavaco e afirmou que ele tem sensibilidade social

(Jornal de Notícias de 10/10/2016)



Cavaco com sensibilidade social????? Então o que significa sensibilidade social? Quando e como ele o demonstrou? Deve ter sido quando ele afirmou que a sua pensão de reforma era insuficiente para os seus pequenos gastos e/ou quando deu primazia social às cagarras das Dezertas...Senhor Presidente da Republica permita-me que o aconselhe, como mais velho, a maior comedimento pois ao presidente Cavaco Silva já lhe foi atribuido o epíteto de pior presidente eleito democraticamente.



Ivone Soares (deputada da RENAMO): «Marcelo deve esforçar-se mais para garantir a paz em Moçambique»

Sapo, 4/10/2016

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A situação política em Moçambique creio que é caso único a nível mundial, uma originalidade responsável pela permanente instabilidade que ali se vive desde a independência. O caso peculiar a que me refiro é o facto de um partido da oposição, a RENAMO, que mantém um exército depois da assinatura da paz, ao longo dos anos episodicamente activo, confrontando-se com as forças armadas nacionais!!!!. Como é possível persistir esta anómala situação ? Como é que o presidente da republica portuguesa, ou qualquer outra personalidade mundial, pode contribuir para a paz em Moçambique nestas condições?





Eleições Americanas 2016: Alguém consegue ser mais conservador que Trump?

Sapo 30 Set 2016 · 18:40

O Trump é conservador?????????? Um paraquedista que aparece de rompante só por que é muito rico, a dizer todas a espécie de dislates até aos insultos mais soezes, demonstrando sem pudor o seu racismo primário, xenofobia, misogonia, é um conservador? O que é então, para o articulista, um conservador? Ele conserva o quê, quando só a KKK defende os seus «valores» ultra reaccionários que até os dirigentes do Partido Republicano dos EUA repudiam, incluindo o W Bush?

domingo, 24 de abril de 2016


O FILÓSOFO FADISTA

Na minha infância e adolescência angolanas não senti qualquer atracção pelo fado, antes pelo contrário, desgradava-me. Só passei a «aceitá-lo» quando, de licença graciosa (trianual para os docentes da nossa Universidade), estivemos em Portugal em 1970, e fomos ouvir, na casa de fados Lisboa à noite, Manuel de Almeida e Fernanda Maria.

Entretanto os anos passaram e, em final dos anos 70 do século XX, comecei a prestar maior atenção a esta forma de música popular lisboeta com Amália e os dois Carlos, Ramos e do Carmo. Já neste século, surgiu um conjunto imenso de jovens fadistas excepcionais, uma pleiade de mulheres como Carminho, Ana Moura, Gisela João (pondo de parte, um espectaculo degradante e desagradável no Coliseu do Porto, onde participou em 2015) e de homens, à cabeça Ricardo Ribeiro e Camané.

Ora, depois de um preâmbulo relativo à minha entrada e fixação no fado, tenho seguido, na Radio, em particular na Antena 1, o percurso dos atrás referidos. Uma das rubricas radiofónicas minhas preferidas, acontece aos domingos depois das 9h00, o excelente «Sons da lusofonia» de Edgar Canelas, relevando as suas frequentes pequenas gargalhadas, sempre a despropósito, onde ele revela ou lembra ou insiste, em fadistas e outros cantores nacionais e lusófonos.

Neste domingo, foi a vez do ajudense Ricardo Ribeiro de potente voz, presença, filosofia e dedicação à cultura, com a sua ultima obra intitulada «Hoje é assim, amanhã não sei». Como sempre, ele recitou exemplarmente letras dos seus fados e respectivos autores, enaltecendo, quase sempre, as ideias do prof. Agostinho da Silva que perfilha e solta também reflexões profundas sobre os temas e sobre a vida de que destaco hoje: «Eu sou como a meteorologia, hoje estou assim, amanhã talvez não».

Creio que se coaduna com ele, Ricardo Ribeiro, o epiteto de filósofo fadista ou fadista filósofo.

Ainda podem ouvir «Os sons da lusofonia», não percam, vale bem a pena.


quarta-feira, 16 de março de 2016


OS CIDADÃOS ANÓNIMOS, MAIS O PANTEÃO….

Anteontem, desapareceu abruptamente deste vale de lágrimas, Nicolau Breyner um homem simpático e afável, simples, sem tiques de vedeta, um extraordinário actor, mais conhecido do grande público como humorista, o Nico, e primeiro autor/interprete de telenovelas nacionais, reconhecidamente de qualidade, faceta notável mas, a meu ver, muito longe do enorme actor dramático que ele era. Lisboeta adoptado mas alentejano de Serpa que muito amava, Nicolau foi autarca pelo CDS, por um período muito curto, num concelho desde sempre presidido pelo PCP. Respeitado e estimado ali e pelos seus colegas de profissão, por amigos e conhecidos, rejeitou sempre o sectarismo, como o testemunharam os entrevistados, antes e depois do seu desaparecimento.

Todos os media nacionais enalteceram o seu carácter e a sua contribuição cultural como artista de eleição, corroborados pelas multiplas intervenções de figuras publicas e menos conhecidas.

Vem a talhe de foice a repetitiva e, a meu ver, ofensiva expressão utilizada pelos reporteres de televisão e de rádio, neste evento e em todos aqueles onde estão presentes multidões, quando assinalam os notáveis e os muitos cidadãos anónimos, quando nenhum deles o é, todos têm nome porque é obrigatório desde o seu registo após o nascimento, eles não são é conhecidos de quem faz o relato. Porque é que não se limitam a descrever a presença de muita gente, mulheres e homens, velhos e jovens, sem os insultar?

Os mesmos reporteres que tão grandes serviços prestam quotidianamente à comunidade, por vezes excedem-se nas encomiásticas descrições da personalidade em apreciação. Ontem tal aconteceu quando se referiu que Nicolau Breyner revolucionou o modo de fazer humor em Portugal… Para reforçar o elogio do grande actor não era preciso isso, como diria o Diácono Remédios, personagem criada por Herman José, este sim o génio que fez e faz rir (quando quer) como ninguém.

Outra pedrada no charco surgiu ontem, a exemplo do que já acontecera quando a Assembleia da Republica deliberou, por unanimidade, a trasladação do corpo do futebolista Eusébio para o Panteão Nacional, quando alguém preconizou que o corpo de Nicolau Breyner também fosse ali colocado. Com todo o respeito por Amália, Eusébio e Nicolau Breyner, será que é sensato e razoável  vulgarizar o Panteão Nacional? Quais são os limites?




sábado, 5 de março de 2016

O SEU A SEU DONO
A rede social Facebook, um poderoso meio de comunicação de milhões de cidadãs e cidadãos de praticamente todo o planeta, encerra aspectos francamente positivos mas também muito negativos, resultantes de utilização indiscriminada, sem respeito pela verdade, pelo bom nome e privacidade de cada um.
Ora no FB constituem-se grupos encomiásticos alguns e insultuosos outros, segundo as perspectivas e os afectos dos seus criadores.
Um dos grupos, agora fechado, com mais de 10.500 aderentes, íntitula-se «Mario Soares. pai do mal de Portugal» creio que, na sua maioria, são os designados retornados, desajolados, refugiados das ex-colónias.
Foi Mário Soares, ministro dos negócios estrangeiros de Portugal, durante vários governos provisórios, dando cumprimento ao programa do MFA, quem entabulou conversações com os movimentos de libertação das colónias, com vista à autodeterminação e preparação de ulterior independência dos respectivos países.
É oportuno recordar agora, pela sua importância primordial, que logo a seguir ao 25 de Abril, as palavras de ordem «Nem mais um soldado para as colónias e sua Independência imediata» eram imperativas e indiscutíveis, pois todos, em Portugal e colónias, estavam saturados da guerra e seus efeitos perversos. Assim, desencadeia-se então o processo de descolonização, primeiro num clima de esperança de colonos e colonizados, seguido de desconfiança quanto aos movimentos de libertação, fomentada pelos algozes do passado, pides, legionários e outros torcionários que não foram neutralizados em tempo útil, aproveitando-se da incerteza gerada naqueles quanto ao seu futuro. Neste clima de insegurança,  eclodiram manifestações pontuais de racismo nas grandes cidades, com graves desmandos de parte a parte, empoladas pelos adversários da emancipação dos povos colonizados que estiveram na base da descontrolada fuga maciça de portugueses e de angolanos para Portugal.
Os chamados retornados e os refugiados, desalojados, etc., que sofreram todo o processo de saída abrupta das colónias, em condições desastrosas, tanto do ponto de vista material, patrimonial, social, como psicológico, muitos ainda culpam Mário Soares e também, em Angola, o Alto Comissário Almirante Rosa Coutinho por aquilo que passaram, porque nunca houve a preocupação das várias entidades do Estado Português, a partir do 6º governo provisório, em esclarecer a situação ou, pior ainda, ignoraram-na, deixando no ar uma suspeição injusta e malévola sobre o fenómeno.
A propósito, quero clarificar que não me move qualquer simpatia por Mário Soares desde que, por culpa sua, Portugal ter sido um dos ultimos países a reconhecer a independência e o 1º governo de Angola; quando meteu o socialismo na gaveta bem como pela escolha dos seus aliados nos vários governos a que presidiu e nas políticas que levaram a cabo. Contudo, o seu a seu dono, esta opinião não me impede de contrariar a aleivosia dos que lhe assacam a responsabilidade pelo grande sofrimento dos retornados de Angola.
De facto, os responsáveis pelo desastroso processo de descolonização em Angola não foram Mário Soares nem Rosa Coutinho, mas sim Salazar e Caetano que, desde os anos 50 do século passado, se recusaram obstinada, estupida e criminosamente, a dialogar com os movimentos de libertação das colónias, desde sempre empenhados (Agostinho Neto, Amilcar Cabral, Marcelino dos Santos e outros) numa preparação serena, atempada e organizada da sua futura independência, com interêsse óbvio na permanência dos portugueses e seus descendentes angolanos nos respectivos territórios. De resto a sua teimosia irracional e dos seus seguidores, defensores do ridículo «Portugal do Minho a Timor», contribuiram para que o país fosse condenado em todos os fora internacionais e pasto da chacota no mundo civilizado.



sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016


CASOS DO DIA

As notícias, por elas aguardamos todos os dias, as boas e as más, cada um as aprecia de modo diferente, influenciados pelas respectivas opções ideológicas. quer se confesse ou não,

Eu começo pela rádio, Antena 1 e Antena 2, durante a manhã e a tarde, até que começo a navegar na net e consulto os jornais, através do motor de busca O Leme. Depois das 18h00 entra a funcionar a televisão e ouvejo o Telejornal da RTP1, fazendo zaping pelos outros canais televisivos, abertos e «encanados».

Assim, embora, em principio, me interessem todas as notícias, excepto as de faca e alguidar características de certos canais, fixo aquelas que considero bombásticas e são estas que passo a noticiar, sem emitir opinião, notícias saídas nos ultimos dias.

Uma primeira, diz respeito ao BANIF, outro um banco nacional em apuros, foi vendido num fim de semana, ao Santander, banco espanhol. Sobre ele, o antigo vice-primeiro ministro Paulo Portas, disse ipsis verbis, que no tempo do seu governo aquele banco estava a dar lucro.

Num dia da semana passada foi inaugurado, um agrupamento escolar no Lordelo, pelo presidente de um partido, Pedro Passos Coelho. Como particularidade não despicienda, este agrupamento entrou a funcionar em 2013.

Anteontem e ontem, António Costa, primeiro ministro de Portugal criticou, aos jornalistas presentes, em Lisboa e em Bruxelas, o Governador do Banco de Portugal, Carlos Costa por, passados longos meses, ainda não ter resolvido a situação dos lesados do BES. Na ocasião, Pedro Passos Coelho que participou num congresso do PP Europeu em Bruxelas, considerou muito grave o que se está a passar em Portugal, entre o governo e o governador do BdP dizendo, de seguida, que nada mais declararia.

A propósito do aparente desencontro entre o primeiro ministro e o governador do BdP, o presidente do grupo parlamentar do PPD/PSD insurgiu-se no plenário contra a alegada irresponsabilidade do governo que desconhece o estatuto daquele governador. Apenas como adenda, permito-me recordar que o actual governador do BdP foi reconduzido pelo anterior governo no período de campanha eleitoral para as eleições de 4 de Outubro.

Uma controvérsia instalou-se entre o actual ministro da educação e o presidente do Conselho Nacional de Educação que hoje manifestou a sua discordância com a decisão governamental de estabelecer o numero máximo de 30 alunos por sala de aula o que acarretaria uma despesa suplementar de mais de 700 milhões de euros. Em resposta, Filinto Lima (creio eu ser o seu nome), presidente dos directores dos agrupamentos escolares, afirmou que essa verba constituia um investimento e não uma despesa que se traduzirá na melhoria do ensino e que, a prazo, trará beneficios financeiros para o país.

Estas são algumas notícias que seleccionei e continuarei a seleccionar outras para trazê-las ao vosso conhecimento.






quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016


CURIOSIDADES FUTEBOLÍSTICAS

Quando ingressei, há quase nove anos, no Clube onde faço ginástica de segunda a sexta feira, encontrei um treinador, PT, cujo apelido de origem italiana, fez-me recordar um antigo atleta do Sporting, durante os anos 60 e 70 do século passado, onde foi figura proeminente no volei e no atletismo. Lembrei-me, na altura, de interpelá-lo sobre o seu eventual parentesco com aquele atleta e o jovem/precocemente velho PT disse-me, constrangido, que não era seu parente e, perante a minha insistência, decidiu-se a perguntar a sua mãe. Os anos passaram e nada. Achei estranho o silêncio, mas acabei por entender ou melhor percebi, que não poderia haver relação familiar porque o dito PT é fanático, doente na verdadeira acepção do conceito, do Benfica e o atleta em causa tinha sido do Sporting !!!!!

De cariz semelhante é a estória de alguém lampião que não admitia, à mesa de sua casa, salada de alface por ser verde…….e não me admiraria que um lagarto rejeite o tomate e, no caso de um tripeiro, abominar aqueles dois legumes se provenientes de uma qualquer horta da 2ª Circular lisboeta.

Conotada com a mesma patologia é o facto de, no F.C. Porto, as mesas de bilhar terem o pano azul e no Benfica o dito é vermelho, ou antes, encarnado….Lamentavelmente ainda fica a faltar a relva dos seus estádios que é verde, a bela coloração das plantas clorofilinas, a qual poderá um dia ser substituida por relvado sintético mas, desgraçadamente, também ele é verde e, por isso, terá que ser um peludo tapete de plástico azul para o FCP e encarnado ou vermelho para o SLB.

No entanto, esta afecção que cega, afecta todas a côres e clubes, tornando-se gritante nos designados grandes do futebol português e nalguns pequenos, sempre em bicos de pés para subirem na classificação, mas cujo tecto para eles é o 4ª lugar. Este fenómeno muito relevante no tempo do estado velho, com a trilogia Fado, Futebol e Fátima, foi retomado nos ultimos tempos da democracia, com a eclosão de ódios, expressos não só de viva voz, como nos cachecóis, em panos e cartazes, em programas televisivos, ditos de desporto, onde o adversário é o inimigo que nunca tem razão. Este mau e doentio ambiente tem, por vezes, graves consequências, desde actos incendiários e ferimentos maiores ou menores até ao homicídio involuntário ou negligente.

A meu ver, não são as pontuais medidas de segurança que a PSP impõe nos dias dos jogos que põem côbro ao mal estar existente, mas sim a alteração radical dos programas televisivos sem representantes dos clubes que são instigadores de ostensiva rivalidade gratuita e demonização/endeusamento dos árbitros, passando a ser essencialmente noticiosos, mais uma acção pedagógica concertada com os organismos federativos, da Liga e os próprios clubes, cujos responsáveis deixem de ser fautores de perturbação permanente do fenómeno futebol, o jogo mais apreciado pelos portugueses.




domingo, 31 de janeiro de 2016


REFLECTINDO SOBRE A ELEIÇÃO PRESIDENCIAL

Há dias fui questionado por um amigo meu, em jeito de remoque, sobre o meu insurdecedor silêncio de bloguista (não gosto do inglesismo blogger), após a eleição presidencial de Marcelo Rebelo de Sousa.

De facto, aquilo que se passou deixou-me incrédulo inicialmente, mas logo recuperei pois era de prever o epílogo do acto eleitoral, embora a expressão dos numeros tenha ultrapassado as previsões mais pró das várias sondagens e comentadores, sobretudo o maior numero de votos conseguidos por um candidato e a sua vitória em todos os distritos nacionais desde que a democracia formal foi implantada no país, apesar da abstenção ter atingido o segundo lugar, muito próximo de MRS.

Creio que os estudiosos de fenómenos deste jaez, como o António Barreto e outros semelhantes epígonos, logo virão explicar nos media onde têm lugar reservado, as escolhas dos votantes que conduziram àqueles resultados.

Quem seguiu a campanha eleitoral dos 10 (?) candidatos, sobretudo nas TVs, ela foi, a meu ver, muito pobre e, qualquer deles, só convenceu quem já estava convencido.

Comecemos por MRS que fez uma não campanha, incolor, inodora e insípida, descartando a discussão política e dando muitos beijinhos a velhas e velhos, a meninas e meninos, a peixeiras e peixeiros, a grandes madamas. De resto, ele bem sabia que tudo estava decidido à partida, depois de dezenas de anos da sua presença afirmativa na TV, sempre em horário nobre, e a inestimável contribuição de todos os media nacionais e dos comentadores/opinadores. Ora, dirão, o que na prática conta é o seu resultado, MRS é o presidente eleito, é ele que vai substituir alguém sem carisma nem inteligência primária nem postura, uma verdadeira nódoa no Portugal democrático.

Nos outros candidatos, alguns não chegaram a sê-lo por inaptidão própria como o médico que, de relevante fez foi pôr em causa a licenciatura de um ex-reitor, o psicólogo professor sempre sem acompanhantes, um professor ex-vice presidente de câmara que «descobriu» a corrupção e um ex-presidente de junta, deslocado do seu meio ambiente mas que, surpresa das surpresas, ombreou em votos com candidatos partidários. Realço ainda um engenheiro, ex-apoiante do general Humberto Delgado e ex-membro do MUD, ex militante partidário de esquerda mas só apoiado pela direita.

Sobram os 4 candidatos seguintes:

Um professor, ex-reitor unificador de duas das mais importantes universidades nacionais, que saíu do seu conforto para se candidatar a presidente da república, na perspectiva do apoio explícito ou implícito dos partidos de esquerda o que desconseguiu pelas pressões a que foi submetido e por se acreditar na votação maciça das gentes de esquerda, que se julgava constituirem a maioria o que não aconteceu e,  também, pela divisão dos partidos,

Em quarto lugar e com votação muito expressiva, uma jovem activista, militante de esquerda, no seguimento da expressão eleitoral do seu partido nas eleições legislativas.

Em quinto ficou uma candidata de ultima hora, dita partidária onde foi presidente, suportada por figuras publicas de esquerda e de direita que concorreu para a dispersão de votos do partido e que escolheu como adversário principal o ex reitor acima referenciado.

Em sexto ficou o candidato da coligação de esquerda, defensor de Abril e das suas conquistas com o apoio presencial dos seus dirigentes, com a grande mobilização uma vez mais demonstrada, mas que foi afectado quer pela tradicional discriminação dos media quer do desvio de votantes para o candidato ex-reitor e, apesar de tudo, para a abstenção.

Concluindo, a resolução logo à primeira volta em favor do candidato das direitas, embora MRS se dissesse e reafirme que será presidente de todos os portugueses (valha-nos isto...), deveu-se à dispersão de votantes que podia e devia ter sido prevenida, repetindo-se assim o acontecido na reeleição de Cavaco.

Era imperativa a desistência de todos os partidos de esquerda com a união em torno de Sampaio da Nóvoa.

sábado, 23 de janeiro de 2016


CRONICAS ICTIOVET 8

Estamos em dia de reflexão, nada de campanha eleitoral, muito embora esta determinação não seja bem vista nem praticada pelos media nacionais em geral. Contudo, nós vamos cumpri-la.

Surgiu hoje a notícia de que, em Espanha, o senhor Mariano Rajoy recusou o convite do rei Felipe VI para constituir governo porque não dispõe de apoio parlamentar, embora tenha ganho (?) as eleições do passado dia 20 de Dezembro. Entretanto, Pablo Iglesias presidente (ou secretário geral?) do PODEMOS, declarou publicamente que está disponível para formar um governo com o PSOE e a Izquierda Unida, para uma efectiva mudança de política e, até se atreveu a dizer (que despautério!!!), que se propõe ser vice-presidente desse governo, a chefiar por Pedro Sanchez, secretário geral do PSOE. Logo a seguir, ou antes, ao mesmo tempo, caíu o Carmo e a Trindade, com ruidoso alarme, apareceram em Espanha os profetas da desgraça pondo em causa a realização de tal eventualidade inadmissível, sem pernas para a andar, sem futuro, pois o PP ganhou aquelas eleições e só ele tem legitimidade para governar. Por coincidência (ou talvez não), o correspondente da rádio publica portuguesa neste país, tocou a mesma partitura e augurou a morte prematura do governo preconisado por Iglesias, com consequentes eleições antecipadas.

Estas peculiares reacções resultam de uma visão canhestra e desonesta de legitimidade democrática que apenas existe se em benefício do status quo, vigente antes de 4 de Outubro e 20 de Dezembro, respectivamente nos dois países ibéricos. Para os seus apaniguados, de todos os matizes, o novo quadro das côrtes espanholas, onde a direita ficou minoritária, é ilegítimo e inaceitável num país ocidental (em relação a quê?) ao pressupôr que participem no governo partidos anti-sistema até agora considerados marginais e demoníacos.

Coincidências ibéricas, até há pouco impensáveis que abrem uma janela de esperança para os seus povos, depois de dezenas de anos de fascismos a que se seguiram outras dezenas de submissão aos ditames de uma União Europeia dominada pelos interêsses financeiros das multinacionais insaciáveis, renegando os principios de solidariedade e preocupação sociail que nortearam a criação da CEE.