sábado, 30 de setembro de 2017


MENOS ESTADO, MAIS PRIVADO?
De tempos a tempos reaparece o apelo para que o Estado se transforme num mini-Estado, o qual passaria a ser um mero financiador e fiscalizador ou, no meu entender de colonizador/colonizado, um cipaio mandado pela CIP, AEP, CCP, com o beneplácito indirecto da UGT.
A concretização deste objectivo dominador começou a ser desenhado por Cavaco e teve continuidade com Barroso que basou para a UE e na PAF que Deus tem, mas não tiveram o tempo suficiente para pô-lo em prática, na sua plenitude.
Um exemplo paradigmático é o do SNS, Serviço Nacional de Saúde, criado após o 25 de Asbril de 1974 que se foi atrofiando em todas as suas vertentes, em meios humanos, de equipamento e instalações, ao mesmo tempo que surgiam, como cogumelos, as instituições privadas de saúde, concorrentes privilegiados do SNS pois são beneficiados pelo Estado. A propósito, recordo-me dos receios manifestados por vários amigos meus quanto a um previzível desaparecimento da ADSE (Assistência na Doença dos Servidores do Estado), receios que me pareceram injustificados, pois já era notório de que ela era (e é) um dos principais financiadores das instituições privadas de saúde, através das «comparticipações», o que a torna o seu seguro de vida…. Esta aparente benesse que atraíu os funcionários de Estado e pensionistas, cuja  maioria


deles já beneficiou, em melhores condições de atendimento e tempo de espera, foi necessariamente acompanhada pelo desinvestimento no SNS. Por outro lado, também já todos repararam que as consultas, normais e de urgência, são significativamente mais caras nos hospitais e centros de saúde públicos que nos privados.
O exemplo do SNS que, felizmente, tem sido progressivamente reposto pelo actual governo com o apoio da maioria parlamentar de esquerda, reforça o pensamento e acção de todos aqueles que defendem um SNS universal e gratuíto, para benefício de todas as portuguesas e de todos os portugueses. De resto, uma das consequências do seu definhamento, com repercussão nos profissionais de saúde, é a sua contestação actual, para melhoria salarial e das condições de trabalho, desprezadas anos e anos.
A saúde é um bem único que o Estado tem de garantir a todos, com todas as condições adequadas, isto é, a saúde não deve ser objecto de lucro, óbvio ou camuflado, condição sine quanon ou imperativa, da actividade privada seja ela qual for.
Ora, para além do SNS, todas actividades essenciais para os cidadãos em geral, Saúde Pública, Justiça, Administração Pública, Transportes, Ambiente, Defesa, Negócios Estrangeiros, etc., também devem ser prerrogativa do Estado.
O Sector Privado tem um insubstituível e amplo campo de acção, comercial, industrial, etc., a todos os níveis, não concorrente do Estado.
Ao mesmo tempo que se retomou o sinistro apelo à minimização do Estado lançou-se, irresponsavelmente, a contestação ao pagamento de impostos e , sub-repticiamente, à fuga aos mesmos. A defesa cega e irracional do privado põe em causa o dever cívico, uma obrigação de todos os cidadãos e cidadãs, grandes, médias e pequenas empresas, de pagar impostos, a fonte de financiamento do Estado, para garantia da sua revigoração, manutenção e a independência nacional.

segunda-feira, 25 de setembro de 2017


13% DOS ALEMÃES ESCOLHERAM A EXTREMA DIREITA



Como se tornou possível que a extrema direita pró nazi tenha recebido 13% dos votos dos alemães, constituindo-se como a terceira força parlamentar, no país mais rico da Europa, com um dos mais elevados níveis de vida do planeta, que mais lucrou com o euro que dá cartas em todos os sectores intelectuais, industriais, comerciais, que tem gravíssimas manchas de desumanidade no seu historial, não só no século passado durante as duas Grandes Guerras Mundiais, separadas por apenas 25 anos, mas em anteriores, etc.,etc.? Usando algo que se popularizou, tornando-se voz corrente, creio que algo se passa com o seu ADN/DNA e que poderá explicar a aceitação de defensores do nazismo, xenofobia, racismo, intolerância, perseguição do diferente, por parte significativa da sua população. Não há dúvida que esta inacreditável preferência é muito preocupante para a Europa, para o mundo inteiro.

quarta-feira, 20 de setembro de 2017


IDEOLOGIAS DE ESQUERDA, DE DIREITA E DO CENTRO?



As definições de esquerda e direita do artigo intitulado «O que é ser de de esquerda e de direita» assinado por Sara Dias de Oliveira no JN de hoje, são simplistas mas aceitáveis, como princípio. A meu ver, o centro político é um eufemismo usado quando não se quer assumir claramente se se é de esquerda ou de direita e foi «fabricado» pelos media em defesa da(s) sua(s) dama(s).... A propósito, incluir o denominado PSD um partido que se diz social-democrata ao centro é um exemplo típico disso, pois perverte-se, à partida, o conceito de social-democracia, uma ideologia de esquerda, criada contra a luta de classes. Assim, o partido social-democrata português tem sido o PS, enquanto que o PSD não é social-democrata, mas antes um partido retintamente de direita, por vezes ultraliberal e por isso, por uma questão de honestidade intelectual, deveria assumir a sua sigla original de PPD, Partido Popular Democrático, criado após o 25 de Abril de 1974, por Sá Carneiro, Pinto Balsemão, Sousa Franco e outros políticos provenientes da ala liberal da Assembleia Nacional do Estado Novo. De resto, Santana Lopes, quando se refere ao seu partido, diz sempre o PPD/PSD, creio eu para que não haja equívocos




quarta-feira, 13 de setembro de 2017






 A CABALA SOBRE A AUTOEUROPA

Afinal a cabala montada «não se sabe por quem....», quer o alegado assalto ao castelo pelo PCP, do Chora BE, quer as direitas partidárias e afins que apontam a responsabilidade desestabilizadora à CGTP, foi desmontada no ultimo Prós e Contras, pese embora a tendenciosa coordenadora do programa, onde trabalhadores e sindicatos afirmaram o seu empenho num acordo com a direcção da empresa. Por outro lado, perante o facto de ainda não haver acordo, é relevante a decisão da casa mãe da Volkswagen ao rejeitar a deslocalização da produção da AutoEuropa, objecto desta notícia, demonstra bem que caíram por terra as cobardes tentativas de partidarizar as decisões dos trabalhadores e a sua adesão maciça às lutas desenvolvidas.

Embora mantendo a minha opinião sobre a coordenadora do Prós e Contras tenho o dever de salientar, neste caso da AutoEuropa, a excepção  de uma escolha adequada dos painéis de convidados, permitindo um interessante contraditório, com a participação empenhada dos trabalhadores e seus orgãos representativos..

terça-feira, 12 de setembro de 2017


OS ULTIMOS FAIT DIVERS QUE NÃO O SÃO



O ESQUERDISMO É O QUE É, VEM SEMPRE AO DE CIMA

Sempre em bicos de pés, com o desejo incontido de protagonismo, na perspectiva de, como se diz no Porto, serem os máióres. Ainda há dias, ao falarem no OE, afirmaram que não permitirão (!!!!!) mais cativações, etc., etc.A ansia para a fotografia é tão grande que, por vezes, sem o quererem, acredito, coincidem com a direita, particularmente com a líder do CDS que, a propósito de tudo e de nada, já exigiu a demissão de ministros, secretários de estado, directores gerais e, não lhe faltando a vontade, só restam o primeiro ministro e o presidente da república.
O esquerdismo é o que é, vem sempre ao de cima.



VENTURA DIXIT: CONOSCO OU CONTRA NÓS

Este rapaz, candidato pelo PPD às autárquicas em Loures é, de facto, como agora se diz, uma figura incontornável, digna do Guiness de ópera bufa. Depois dos seus impropérios racistas e xenófobos, ameaça do seu pedestal de arrogância que, se a justiça não pender em seu favor, recorrerá à intervenção da justiça europeia. Ele nasceu fora do tempo, pois a sua filosofia barata tem raízes salazarentas, já que era o seu provável ídolo que dizia: não haja dúvidas, ou estão comigo ou contra mim.
Coitado, ele julga-se protegido por ser comentador televisivo do Benfica mas, seguramente, os dirigentes e massa associativa deste popular clube, repudiam a sua opinião anti social



VANDALISMO NA SEDE DA CANDIDATURA DE ISALTINO

Segundo as últimas, não terá havido assalto em Tancos o que, aliás, fora defendido por Sousa e Castro, um dos capitães de Abril.
Será que o vandalismo, em notícia, na sede da candidatura não terá explicação semelhante ao assalto a Tancos? A comiseração pelo sucedido, poderá ter efeitos benéficos para a candidatura.



BENFICA QUER IMPEDIR DIVULGAÇÃO DE E-MAILS PELO F.C.PORTO….

Afinal pretende-se impor a lei da rolha? Se não há nada para esconder, qual é o mal da divulgação dos e-mails trocados (?) com os árbitros(?). Será na lógica da «inocente» oferta dos vouchers aos mesmos?. Lá diz o ditado, quem não deve não teme.

sábado, 2 de setembro de 2017


O CAVACO E OS PIOS, SEM PIADA NENHUMA



Na publicitada aula da universidade de verão do PPD, Cavaco mostrou-se em todo o seu esplendor: ressabiado, cheio de raiva, falho de discernimento, sem educação nenhuma, utilizou um vocabulário rasca, com pretensões metafóricas desconseguidas. É verdade que foi primeiro ministro, teve duas maiorias absolutas, foi eleito e reeleito PR, porquê? Pela alegada competência, mas qué dela? O eleitorado anestesiado e formatado possibilitou tais resultados, com graves consequências para a maioria dos portugueses. Cavaco sempre demonstrou uma visão curta, pouco inteligente, sectária, arrogante, desprezou e diabolizou o eleitorado representado na AR pelos partidos de esquerda, isto é, a maioria de votantes. atitude que teve o clímax após as eleições de 5 de Outubro de 2015 o que quase lhe provocou um colapso.
Em tempos o seu pai lembrou aos que o contestavam, que: «O meu filho não é um veterinário qualquer, é um professor catedrático....»
Foi, sob todos os aspectos, o pior presidente eleito, ficou ao nível dos nomeados por Salazar.