quarta-feira, 26 de outubro de 2016


BATEPAPOS VADIOS 3



Sobre o prémio Nobel da Literatura 2016 para Bob Dylan e a opinião de Mario Vargas Llosa



Pelo andar da carruagem, Vargas Llosa terá razão ao preconisar uma absurda decisão de contemplar um futebolista com o Nobel da Literatura de 2017.
É bem verdade que há artistas da bola, como Ronaldo, Messi, Roben, Griezman, que «escrevem fantásticos poemas» nos relvados, deixando os adversários atónitos e o público rendido a tais encantos. Eles são premiados periódicamente, com maior ou menor espírito de justiça, pelos Comités Internacionais do futebol, tal como Dylan foi, várias vezes, galardoado pelos «Nobel» da Música. De facto, por muito que se aprecie e considere Bob Dylan um génio da música universal, a sua excepcionalidade nessa arte, não justifica o prémio que lhe foi conferido agora. Entretanto, o Comité Nobel desvalorizou a literatura, desprezou todos os precedentes vencedores, entre os quais o «nosso» Saramago e «esqueceu-se» de grandes figuras das letras mundiais como, por exemplo, Haruki Murakami e, porque não, António Lobo Antunes, um excelente escritor louco.
Concluindo, com toda a humildade atrevo-me a dizer que será candidato, num futuro próximo, um jovem já grande escritor português, Gonçalo M.Tavares



Sobre os bombardeamentos em Alepo na Síria

As imagens são esclarecedoras da alarmante destruição desta cidade histórica, património da humanidade. É indiscutível a imperatividade de pôr côbro a esta guerra. Contudo, é também imperativo que lembrar como se iniciou a guerra na Síria a que a cidade de Aleppo pertence em lugar de se escamotear que a responsabilidade não cabe apenas, na visão maniqueísta, aos «maus», neste caso ao «regime sírio» (eufemísticamente assim tratado, em quase todos os media nacionais e internacionais), à Rússia e ao Irão, pois os «bons», EUA, NATO, UE, nada têm a ver com o problema. É bom recordar a chamada «Primavera Árabe» preconizada pelo chamado Ocidente, rastilho da convulsão no norte de África, Médio Oriente e Mesopotâmia, transformando estas regiões num barril de pólvora ao desestabilizar-se todos os países nelas incluidos, excepto Israel, um santuário de paz com cerca de 200 ogivas nucleares .Basta olhar-se para o que se passa na Líbia, Egipto, Tunísia, Iraque, Síria e para os milhões de refugiados, num verdadeiro holocausto às portas da Europa. E porquê???? No fundo. no fundo, talvez sejam as maiores reservas de petróleo e também a Rússia, o inimigo numero 1, o mal dos males, o responsável único por crimes contra a humanidade, tal como foi condenado, antes do julgamento, Milosevic (recentemente ilibado...).
Seria estúpido não reconhecer também que a Rússia tem responsabilidades criminais, dentro e fora das suas fronteiras, mas é idiota e de má fé assacar-lhe tudo o que de mal se faz e fez, em contraponto com os «bonzinhos», benfeitores da humanidade. Cometi uma falha, não imperdoável porque estou a emendá-la,,ao não referir a extrema hipocrisia de quem fala sobre crimes contra a humanidade e apela a tréguas enquanto que, simultâneamente, fornece armas ligeiras e pesadas aos beligerantes. De facto, como travar os vários conflitos, incluindo os relacionados com o Daesh, enquanto floresce o negócio das armas, o mais rentável de todos, que causa milhões de mortos e estropiados e a destruição maciça de povoações e campos? Porque será que as ONG, de vários matizes, não têm como prioridade a luta contra esta indústria letal, causadora

de catástrofes, principais responsáveis de crimes contra a humanidade????


O BE E OS SEUS TRAUMAS POLÍTICO-IDEOLÓGICOS



É um trauma que afecta a direcção do BE, acompanhando, em algumas situações políticas, o CDS o que é uma coincidência bizarra. Têm todo o direito de não gostar de Cuba que continua a resistir passado mais de meio século de embargo, tal como não gostam do MPLA, partido maioritário em Angola e do seu presidente, na sua perspectiva «um feroz ditador».
Recusaram-se agora a integrar a comitiva presidencial na visita a Cuba, tal como o tinham feito na ida a Angola, numa estranha posição única a nível partidário.

Em Cuba o BE só deve tolerar Guillermo Farinas, o rosto da chamada «oposição democrática» que presta declarações frequentes aos media ocidentais, atacando o regime cubano que, segundo ele, escraviza o seu povo e, numa entrevista à RDP, afirmou que Fidel Castro é uma figura satãnica, responsável numero 1 pela ausência de democracia no país. Assim Farinas expressa abertamente a sua opinião demolidora sobre a situação em Cuba onde, segundo ele e a maioria dos media, não há liberdade de expressão….




terça-feira, 25 de outubro de 2016

BATEPAPOS VADIOS 2

Em Espanha, finalmente governo….(O PSOE após a demissão de Pedro Sanchez)


DN 23/10/2016

São os mesmos que têm ajudado a manter o status quo, isto é, deve ficar tudo como até agora, apesar das fraudes e corrupção que pululam no PP, nomeadamente por altos dirigentes desse partido. Os dirigentes provisórios do PSOE estendem assim a mão ao senhor Rajoy, dão o dito por não dito, atraiçoando os seus militantes, numa demonstração de cataventos sem escrúpulos. Assim, aliaram-se aos CIUDADANOS, dissidentes do PP, que tinham afirmado categoricamente nunca viabilizar um governo de Rajoy, e afinal, mais um sem vergonha, roeram a corda. Lamentável!

Da sua capitulação o PSOE não deverá tirar benefícios políticos mas sê-lo-à, sim, o PODEMOS.





25 OUT, 2016 PAÇO DE ARCOS 16:21



O país ainda não absolveu os desertores da guerra colonial,,,,,

Sapo, 25/10/2016



Qual país? O país dos saudosos de 5º império? O país dos ainda entranhados do salazarismo? O país dos saudosos da sociedade colonial que beneficiava uma minoria e desprezava a maioria sem direitos? Por outro lado, a palavra desertor tem conotação depreciativa, sobretudo para os atrás referidos que consideram uma traição daqueles que recusavam morrer por quem fomentou uma guerra colonial injusta que podia (e devia) ter sido evitada se a mente doentia e criminosa de Salazar não recusasse conversações com os movimentos de libertação, solicitadas na década de 50 do séc.XX. É injusta e inaceitável a afirmação deste artigo de que o país (?) ainda não absolveu os «desertores» onde os mesmos saudosos incluem os angolanos, moçambicanos, caboverdeanos, guineenses, santomenses que lutaram pelo seu país até à independência.





Sobre as afirmações de Pinto da Costa na gala dos dragões de ouro de ontem

25/10/2016

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E a comunicação generalista e futebolista, obviamente à parte a que é seu portavoz quotidiano, fica impávida e serena perante o reiterado apelo de décadas deste dirigente, ao provincianismo bacôco, à divisão norte/sul, entre nortistas e mouros, ao ódio aos adversários do sul, numa prática sistemática de «lançamento de gasolina na fogueira». Foi seu homólogo, embora sem relação com os futebóis, mais grave ainda, o dirigente regional já reformado que, em tempos, ameaçou, sem subterfúgios, à independência da região de que era dono e senhor.





Entrevista ao padre polaco Krzystof Charamsa

DN 25/10/2016



Enquanto for obrigatório o celibato para os padres católicos, é irrelevante esta denuncia de Charamsa, sobre heterosexualidade e homosexualidade, no interior da igreja. Cumprindo o juramento de castidade que, voluntáriamente, fizeram, enquanto padres, deverão comportar-se, na sociedade, como assexuados, uma anormalidade biológica
VADIOS 2

domingo, 23 de outubro de 2016

BATEPAPOS VADIOS

Não publico há vários meses neste meu blogue porque, embora seja visitado por muitos internautas, é raro que emitam qualquer opinião escrita. Ora, assim, perde-se, a meu ver, o principal objectivo de um blogue. Contudo, regresso agora, na perspectiva de vir a atingir aquela finalidade.
Inicio hoje os meus bate-papos vadios, relembrando um velho hábito que tínhamos na Casa dos Estudantes do Império, nos gloriosos e, ao mesmo tempo, negros anos salazarentos de 60 do século XX.
Vem, a propósito, recordar um encontro fortuito, na esquina da João XXI com a avenida de Roma, junto a uma garrafeira que ali existia, cerca das 22 hores, com três amigos cestimpérios, o Joaquim Salústio, o Costa Andrade e o Victor Duarte. Ali parámos e demos início a um bate-papo sobre a situação em Angola e perspectivas a curto prazo. Separámo-nos eram 3 da manhã!!!

Os papos seguintes convosco versam temas que tenho abordado nos últimos tempos, no FB e jornais, e considero relevantes

Francisco José Viegas Acredita que mais de metade dos livros que se publicam em Portugal, «se fossem produtos de supermercado, as pessoas não os compravam».

(Jornal I de 16/10/2016


Nunca percebi como é que Francisco José Viegas, um intelectual progressista, fez parte como Secretário de Estado da Cultura, de um governo que «puxava da pistola» logo que ouvia falar em cultura. Mas adiante, creio que ele tem razão ao afirmar que se publica, em Portugal, uma babel imunda de livros. A propósito, a cultura universal arrisca-se à atribuição de um Nobel da Literatura ao pivô da RTP Rodrigues dos Santos. Nunca li, nem vou ler, qualquer das suas espessas obras que se vendem às centenas de milhar, pois basta-me ouvê-lo e, sobretudo, ver o seu arrogante e despropositado pisca-olho, certamente cultural para si e seguidores, com que brinda os telespectadores

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(Jornal de Notícias de 10/10/2016)



O Presidente da Republica Marcelo Rebelo de Sousa homenageou o Cavaco e afirmou que ele tem sensibilidade social

(Jornal de Notícias de 10/10/2016)



Cavaco com sensibilidade social????? Então o que significa sensibilidade social? Quando e como ele o demonstrou? Deve ter sido quando ele afirmou que a sua pensão de reforma era insuficiente para os seus pequenos gastos e/ou quando deu primazia social às cagarras das Dezertas...Senhor Presidente da Republica permita-me que o aconselhe, como mais velho, a maior comedimento pois ao presidente Cavaco Silva já lhe foi atribuido o epíteto de pior presidente eleito democraticamente.



Ivone Soares (deputada da RENAMO): «Marcelo deve esforçar-se mais para garantir a paz em Moçambique»

Sapo, 4/10/2016

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A situação política em Moçambique creio que é caso único a nível mundial, uma originalidade responsável pela permanente instabilidade que ali se vive desde a independência. O caso peculiar a que me refiro é o facto de um partido da oposição, a RENAMO, que mantém um exército depois da assinatura da paz, ao longo dos anos episodicamente activo, confrontando-se com as forças armadas nacionais!!!!. Como é possível persistir esta anómala situação ? Como é que o presidente da republica portuguesa, ou qualquer outra personalidade mundial, pode contribuir para a paz em Moçambique nestas condições?





Eleições Americanas 2016: Alguém consegue ser mais conservador que Trump?

Sapo 30 Set 2016 · 18:40

O Trump é conservador?????????? Um paraquedista que aparece de rompante só por que é muito rico, a dizer todas a espécie de dislates até aos insultos mais soezes, demonstrando sem pudor o seu racismo primário, xenofobia, misogonia, é um conservador? O que é então, para o articulista, um conservador? Ele conserva o quê, quando só a KKK defende os seus «valores» ultra reaccionários que até os dirigentes do Partido Republicano dos EUA repudiam, incluindo o W Bush?