segunda-feira, 20 de novembro de 2017


Jaime Menezes

DIÁLOGO SOBRE CUBA A PROPÓSITO DE SARAMAGO



Deixo-vos hoje um interessante diálogo que tive com alguém cujo nome verdadeiro não posso revelar.



António: José Saramago em verdade un grande escritor e mente brilhante. Mas não deixa de ser difícil entender o seu apoio automático a gorilas(com perdão dos autênticos) como o fez um dia a Hugo Chávez .Garcia Márquez otro genio da literatura igualmente estendeu o seu apoio a uma revolução sem resultados reais .Puras e eternas promessas para engañar incautos e alguns aproveitadores. Saramago foi brilhante ! Que descanse em paz.

Jaime Menezes Felizmente não pensamos todos da mesma maneira.
Saramago ficará sempre como vulto da cultura lusa e universal. O seu descanso teve-o em vida.

Jaime Menezes Pensar diferente é uma certeza absoluta, mas...
nada mais. Ponto final.

António:  Fernando vê se encontras o livro de Leonardo Padura "0 homem que amaba os cães" não deixes de ler. Obra brilhante de un genial escritor cubano. Não será perder tempo. Obra esclarecedora e que ilustra de maneira contundente as ideologías extremistas e o lavado cerebral que as acompanha. Sorte ...muita sorte !

Fernando:  Antonio  Obrigado, vou procurar. Se não houver nas nossas livrarias mando vir. Grande abraço

António  Eu tenho o original en espanhol: El hombre que amaba los perros. Francamente não sei se foi traduzido para português e se mantém o título en tradução literal Busca Leonardo Padura para que tenhas uma informação mais precisa.

Fernando:  António  OK!

  Jaime Menezes. Sim. o Padura e vários outros Paduras, escritores, jornalistas, todos independentíssimos que nunca suportaram Cuba que expulsou o Baptista, deixando de ser um casino, um prostíbulo, mais as quintas dos vizinhos da Florida e, o principal, os inúmeros benefícios que a Revolução deu e dá ao país, aos cubanos. A Revolução cubana continua e continuará mesmo com o cerco de dezenas de anos. Ainda a propósito, uma pergunta: o que seria de Portugal ou de qualquer outro país, mesmo não insular, se estivesse sujeito a um férreo bloqueio de mais de 50 anos que o impedisse das indispensáveis trocas comerciais e não só, subsistindo apenas com os seus próprios recursos?


Antonio  Para terminar os únicos beneficios de que gozam os cubanos é pirar-se em barcos improvisados sujeitos a ser comidos pelos tubarões e a miséria mais radical. Quem defende tal tragedia humana deveria vivê-la para aclarar as ideias. Pois amigo siga delirando com as fantasias que governantes marginais vendem ao mundo. Cada vez menos pessoas acreditam em mentiras que já não resistem a uma análise sumária Que tenha sorte e siga vivendo longe de tamanha tragedia humana


Jaime Menezes Isso é pura cegueira. que o impossibilita de alterar aquilo que os media lhe impingem. Já esteve em Cuba? Pelos vistos desconhece que em Cuba a assistencia social, a saúde, o ensino do primário ao universitário são totalmente gratuitos. Para si isso nada significa, dê-se ao trabalho de comparar com qualquer outro país do mundo. A minha visão não esquece as dificuldades que são imensas, além da carência de recursos próprios , a impossibilidade de importação de bens essenciais e exportação dos seus produtos pelo bloqueio que os EUA exercem há mais de 50 anos, o que para si não tem importância nenhuma, é uma desculpa esfarrapada dos dirigentes cubanos. Não me chame amigo p.f. porque eu escolho os meus amigos e a sua visão politica distorcida e sectária não me permitiria considerá-lo, por mais respeito que possa ter por si
Jaime Menezes


Antonio  Você para dizer o que diz nunca foi a Cuba. Tudo o que acaba de afirmar são mentiras da propaganda castrista que tem o País amordaçado há 50 anos. Por favor viva a sua fantasia que eu me remeto à realidade que infelizmente vivo .Falsificadores da história que ainda conseguem vender, pelos vistos, a mentira a uns quantos desprevenidos. Não mais amigo.

Jaime Menezes Não me julgue por si. Já estive em Cuba, não falo de cor, como me parece que se passa consigo. Tudo quanto escrevi é uma realidade indesmentível. No primarismo da sua opinião é daqueles que acredita piamente que os comunistas comem criancinhas ao pequeno almoço e dão tiros atrás da orelha dos velhinhos. Lamento ter trocado opiniões consigo através do meu amigo Fernando a quem peço desculpa.

Antonio  Não amigo não sou tão primitivo simplesmente a realidade me aclarou conceitos que ainda encara com simpatia .


Jaime Menezes Parece-me que nada aclarou, bem pelo contrário. De qualquer modo foi-me útil o diálogo, mas penoso. Passe muito bem


segunda-feira, 6 de novembro de 2017


AMERICA FIRST…



Mais um triste evento acontecido ontem no Texas, EUA, com uma lamentável reacção do presidente dêsse enorme e rico país, eleito com menos 3.000.000 de votos que a adversária, Hillary Clinton. De facto, em ultima hora, foi ontem noticiado que um adolescente de 17 anos entrou numa Igreja Baptista, empunhando várias armas de fogo, disparando sobre os fiéis desse templo, assassinando 26 e ferindo muitos outros. Perante esta grave ocorrência, o senhor Trump disse de sua justiça de cowboy, que isto nada teve a ver com a liberalização da venda de armas (autorizada a teen agers de 17 anos?) pois tratou-se de desequilibrio mental do jovem atirador… É que o senhor Trump tinha, ali à mão de semear, um psiquiatra para lhe fazer o diagnóstico a anteriori !!! Então a inusitada frequência destes massacres nos EUA, nada tem que ver com a (criminosa) venda livre de armas de fogo, inclusivé material de guerra, pelos vistos até a adolescentes??? Para este presidente é esta a, por si apregoada vezes sem conta, América first, do complexo militar-industrial, cujos lucros são astronómicos??? Estou convencido (e muito mais gente no planeta) de que os estadunidenses acabarão por apeá-lo e, quanto mais cedo, melhor para todos

domingo, 15 de outubro de 2017


BEM ESTAR ANIMAL E O FUNDAMENTALISMO


Incompreensivelmente, hoje em dia, cresce o numero de alegados defensores do bem estar animal que, admito, não se dão conta que secundarizam o bem estar humano.

É óbvio que, paralelamente, é cada vez maior a importância da preservação do bem estar animal, nomeadamente por aqueles que velam pela sua saúde e bem estar, como é o meu caso, como médico veterinário.

Em produção animal, terrestre ou aquática, esta preocupação está-nos sempre presente, no sentido de se reduzir ao máximo tudo quanto ponha em causa a saúde e bem estar animal. Esta actividade é primordial para o bem estar humano, onde se inclui o acesso aos alimentos de origem animal, por todos, Contudo, sem produção animal em cativeiro, tal acesso acabaria por confinar-se, teoricamente, aos ricos se o abastecimento proviesse em exclusivo de animais selvagens, incluindo os peixes, os crustáceos e os moluscos, produto da pesca, em declínio progressivo e inexurável.

A população humana tem aumentado exponencialmente o que «obrigou» à criação de novas fontes de proteína animal, essenciais a uma alimentação equilibrada, isto é, o recurso à produção animal. Ora tal demanda foi levada a cabo com métodos e técnicas de produção intensiva, em condições de exploração desumana com cargas animais (peso ou numero de animais por unidade de superfície ou de volume), tantas vezes denunciadas, nomeadamente as praticadas na suinicultura, na avicultura, na piscicultura, na bovinicultura. A título de exemplo, dentro da minha área de trabalho durante décadas, refiro que no meio natural haverá em áreas produtivas, em média, menos de 100g de peixes/m2 enquanto que na anguilicultura (cultura de enguias) intensiva se atinge 1000 enguias de 150 g/m3 !!!Tal situação tem vindo a ser alterada progressivamente com a redução da carga animal para valores que permitam a preservação do bem estar animal.

Por outro lado, a produção animal, em terra ou na água, tal como qualquer outra actividade produtiva, tem por finalidade o rendimento lucrativo da exploração, quer dizer, a redução da carga animal tem como limite o valor que permita ao produtor extrair dividendos, por outras palavras, ninguém investe para perder numa actividade de risco.

Ora toda esta minha exposição relaciona-se com o facto de haver quem queira impedir a produção animal semi-intensiva, susceptível de rendimento positivo, propugnando em exclusivo a extensiva o que, em muitos casos, não é lucrativa.

Enquadrada na visão fundamentalista do bem estar animal, surge agora em Portugal a tentativa de aprovação de uma lei que iria permitir a entrada de animais de companhia nos restauerantes!!!  

Não, não estou de acordo com essa intenção descabida e excessiva, fundamentalista, para quem o bem estar animal sobrepõe-se ao bem estar humano. Rejeito por razões de higiene, saúde pública e tranquilidade dos frequentadores de restaurantes. Quem o propôs até se esqueceu de que estão englobados nos animais de companhia diversas espécies, géneros, familias, ordens, classes, nomeadamente, além de cães, pequenos, médios e grandes e gatos, cobras, lagartos, iguanas, tartarugas, cágados, aranhas, lacraus, felinos vários, cobaias, símios, suínos, murganhos, peixes e outros animais aquáticos, embora não dê jeito o seu transporte pela trela...etc., etc





JOSÉ SÓCRATES PINTO DE SOUSA
A pensar nele, condenado nos media muito antes de ser julgado, particularmente no Correio da Manha e respectivo canal TV. mas também nos outros canais, nos jornais e revistas. Que fique claro que não nutro particular simpatia por José Sócrates que não é um santo e porque não tenho memória curta quanto ao que ele fez aos portugueses enquanto primeiro ministro. Apesar disso, acho repugnante a perseguição que lhe é movida, por várias entidades e meios de comunicação social, há vários anos quando só agora, há 3 dias. saíu em forma de letra a acusação, a que se seguirão vários trâmites durante tempo indeterminado. Entretanto, já foi condenado de corrupção e outros crimes.
Vi a entrevista a Sócrates por Victor Gonçalves na RTP, durante a qual o homem tentou rebater muitas das acusações do Ministério Público e as ultimas questões ofensivas do entrevistador.
Não quero deixar de pôr a questão seguinte: « Considerando os valores astronómicos (28, 31, 39.000.000.00 €), alegada e fraudulentamente recebidos pelo Engº Sócrates, onde é que eles se encontram actualmente? Gastou-os total ou parcialmente e em quê? Depositados num ou vários bancos nacionais e estrangeiros, em offshore, num baú, nos colchões de sua casa e dos amigos, nos seus bolsos?»

domingo, 8 de outubro de 2017


SANTANA LOPES O SOCIALISTA

Sobre um artigo assinado por John Wolf no Jornal Económico e presente no SAPO24 a 7/10/2017



Como ponto prévio o autor deveria ter assumido a sua preferência política, a sua militância no PPD e, assim, o leitor ficaria informado do que viria a seguir ou mudava de página. Prometeu uma reflexão sobre o PPD mas, antes de cumprir o prometido, pôs-se a tergiversar sobre o PS, a CDU e o BE, uma «geringonça» oscilante, agravada com as autárquicas «que puseram as comadres a ralhar»...Esquece, por conveniência própria, que o principio básico do acordo era a manutenção da identidade política e ideológica dos partidos integrantes. Eventuais divergências de opinião não significam rotura, dialoga-se e tem-se conseguido convergências úteis para os portugueses e portuguesas. Após o estabelecimento do acordo entre os partidos de esquerda, no seguimento das eleições de Outubro de 2015, os seus companheiros políticos, e certamente o senhor Wolf, vaticinaram a existência efémera daquilo a que Paulo Portas, hoje alto funcionário de um Banco estrangeiro, com intenções depreciativas, designou por geringonça. Dois anos e meio passaram e continuam a martelar em ferro frio, sem imaginação nem inteligência, apesar de todos os indicadores demonstrativos da melhoria da situação do país, quer do ponto de vista social como económico e financeiro o que obrigou, as chamadas agências de notação, a rever em sentido positivo, a notação de Portugal.
Associem-se todos os partidos de direita, PPD, CDS, PPM e outros e, porque não, o PNR, mas deixem a esquerda governar, a nível central como nas autarquias, para bem de todos os portugueses.

Este artigo, com o título Santana Lopes o socialista (???) contém a seguir uma análise sobre os problemas da direita, a meu ver, despicienda, pois só interessa aos respectivos companheiros de luta do autor.

quinta-feira, 5 de outubro de 2017


SOBRE UM ARTIGO DE OPINIÃO DE PEDRO ROLO DUARTE, NO SAPO24 DE HOJE, 5/10/2017



«Por cada Isaltino eleito há uma Assunção Cristas que nasce»...pelo que está salva a democracia e a pátria, segundo o articulista. De facto, ainda hoje, como de há meses para cá, Assunção repisa os temas «Assalto a Tancos» e «Pedrógão Grande» insistindo na responsabilidade p-o-l-í-t-i-c-a dos ministros da defesa e administração interna e, por isso, no seu douto entender, já não existem....Magister dixit ...a sua oposição construtiva é esta.
Na realidade a CDU, perdeu, perdeu 10 câmaras, uma derrota pesada, contrariando todas as perspectivas que apontavam, dizia-se, para um reforço autárquico da coligação. De facto, Jerónimo de Sousa, reconheceu a derrota mas, logo a seguir, sublinhou a sua manutenção como grande força de poder local, em defesa do povo garantindo, com bonomia, que os eleitores iriam ter saudades dos seus eleitos, o que no dizer do articulista, foi uma demonstração de arrogância, o maior defeito do PCP.
Mais adiante, a martelo, faz referência a aventuras suas numa autarquia alentejana da CDU, onde lhe foram sugeridos esquemas de diversa natureza e até garantias de legalidade se acaso alinhasse nas popostas que lhe faziam....
Assim a acrimónia do autor deste artigo para com o PCP tem origens antigas aqui evidentes. Creio que o PCP não é «aquela máquina» como certamente se dizia no tempo em que ele por lá passou, pois é constituído por gente com virtudes e defeitos e carece, cada vez mais, do rejuvenescimento em curso e de intensificar a comunicação fácil e aberta com todos os portugueses







A ABSTENÇÃO DE CAVACO....



Esteve duas décadas (!!!) como presidente da república, depois de um ror de anos como primeiro ministro, num desempenho humano desastroso para o país, atreve-se a dizer com um desplante inaudito de estupidez e idiotice, que não votou porque esteve num casamento??? Um presidente da república??? Só prova que o foi através de uma lamentável manobra, fabricada pelos media+status quo, mas que não se livra do epíteto de pior chefe de estado da democracia, ao nivel do nomeado pelo estado velho Amérido Thomaz

sábado, 30 de setembro de 2017


MENOS ESTADO, MAIS PRIVADO?
De tempos a tempos reaparece o apelo para que o Estado se transforme num mini-Estado, o qual passaria a ser um mero financiador e fiscalizador ou, no meu entender de colonizador/colonizado, um cipaio mandado pela CIP, AEP, CCP, com o beneplácito indirecto da UGT.
A concretização deste objectivo dominador começou a ser desenhado por Cavaco e teve continuidade com Barroso que basou para a UE e na PAF que Deus tem, mas não tiveram o tempo suficiente para pô-lo em prática, na sua plenitude.
Um exemplo paradigmático é o do SNS, Serviço Nacional de Saúde, criado após o 25 de Asbril de 1974 que se foi atrofiando em todas as suas vertentes, em meios humanos, de equipamento e instalações, ao mesmo tempo que surgiam, como cogumelos, as instituições privadas de saúde, concorrentes privilegiados do SNS pois são beneficiados pelo Estado. A propósito, recordo-me dos receios manifestados por vários amigos meus quanto a um previzível desaparecimento da ADSE (Assistência na Doença dos Servidores do Estado), receios que me pareceram injustificados, pois já era notório de que ela era (e é) um dos principais financiadores das instituições privadas de saúde, através das «comparticipações», o que a torna o seu seguro de vida…. Esta aparente benesse que atraíu os funcionários de Estado e pensionistas, cuja  maioria


deles já beneficiou, em melhores condições de atendimento e tempo de espera, foi necessariamente acompanhada pelo desinvestimento no SNS. Por outro lado, também já todos repararam que as consultas, normais e de urgência, são significativamente mais caras nos hospitais e centros de saúde públicos que nos privados.
O exemplo do SNS que, felizmente, tem sido progressivamente reposto pelo actual governo com o apoio da maioria parlamentar de esquerda, reforça o pensamento e acção de todos aqueles que defendem um SNS universal e gratuíto, para benefício de todas as portuguesas e de todos os portugueses. De resto, uma das consequências do seu definhamento, com repercussão nos profissionais de saúde, é a sua contestação actual, para melhoria salarial e das condições de trabalho, desprezadas anos e anos.
A saúde é um bem único que o Estado tem de garantir a todos, com todas as condições adequadas, isto é, a saúde não deve ser objecto de lucro, óbvio ou camuflado, condição sine quanon ou imperativa, da actividade privada seja ela qual for.
Ora, para além do SNS, todas actividades essenciais para os cidadãos em geral, Saúde Pública, Justiça, Administração Pública, Transportes, Ambiente, Defesa, Negócios Estrangeiros, etc., também devem ser prerrogativa do Estado.
O Sector Privado tem um insubstituível e amplo campo de acção, comercial, industrial, etc., a todos os níveis, não concorrente do Estado.
Ao mesmo tempo que se retomou o sinistro apelo à minimização do Estado lançou-se, irresponsavelmente, a contestação ao pagamento de impostos e , sub-repticiamente, à fuga aos mesmos. A defesa cega e irracional do privado põe em causa o dever cívico, uma obrigação de todos os cidadãos e cidadãs, grandes, médias e pequenas empresas, de pagar impostos, a fonte de financiamento do Estado, para garantia da sua revigoração, manutenção e a independência nacional.

segunda-feira, 25 de setembro de 2017


13% DOS ALEMÃES ESCOLHERAM A EXTREMA DIREITA



Como se tornou possível que a extrema direita pró nazi tenha recebido 13% dos votos dos alemães, constituindo-se como a terceira força parlamentar, no país mais rico da Europa, com um dos mais elevados níveis de vida do planeta, que mais lucrou com o euro que dá cartas em todos os sectores intelectuais, industriais, comerciais, que tem gravíssimas manchas de desumanidade no seu historial, não só no século passado durante as duas Grandes Guerras Mundiais, separadas por apenas 25 anos, mas em anteriores, etc.,etc.? Usando algo que se popularizou, tornando-se voz corrente, creio que algo se passa com o seu ADN/DNA e que poderá explicar a aceitação de defensores do nazismo, xenofobia, racismo, intolerância, perseguição do diferente, por parte significativa da sua população. Não há dúvida que esta inacreditável preferência é muito preocupante para a Europa, para o mundo inteiro.

quarta-feira, 20 de setembro de 2017


IDEOLOGIAS DE ESQUERDA, DE DIREITA E DO CENTRO?



As definições de esquerda e direita do artigo intitulado «O que é ser de de esquerda e de direita» assinado por Sara Dias de Oliveira no JN de hoje, são simplistas mas aceitáveis, como princípio. A meu ver, o centro político é um eufemismo usado quando não se quer assumir claramente se se é de esquerda ou de direita e foi «fabricado» pelos media em defesa da(s) sua(s) dama(s).... A propósito, incluir o denominado PSD um partido que se diz social-democrata ao centro é um exemplo típico disso, pois perverte-se, à partida, o conceito de social-democracia, uma ideologia de esquerda, criada contra a luta de classes. Assim, o partido social-democrata português tem sido o PS, enquanto que o PSD não é social-democrata, mas antes um partido retintamente de direita, por vezes ultraliberal e por isso, por uma questão de honestidade intelectual, deveria assumir a sua sigla original de PPD, Partido Popular Democrático, criado após o 25 de Abril de 1974, por Sá Carneiro, Pinto Balsemão, Sousa Franco e outros políticos provenientes da ala liberal da Assembleia Nacional do Estado Novo. De resto, Santana Lopes, quando se refere ao seu partido, diz sempre o PPD/PSD, creio eu para que não haja equívocos




quarta-feira, 13 de setembro de 2017






 A CABALA SOBRE A AUTOEUROPA

Afinal a cabala montada «não se sabe por quem....», quer o alegado assalto ao castelo pelo PCP, do Chora BE, quer as direitas partidárias e afins que apontam a responsabilidade desestabilizadora à CGTP, foi desmontada no ultimo Prós e Contras, pese embora a tendenciosa coordenadora do programa, onde trabalhadores e sindicatos afirmaram o seu empenho num acordo com a direcção da empresa. Por outro lado, perante o facto de ainda não haver acordo, é relevante a decisão da casa mãe da Volkswagen ao rejeitar a deslocalização da produção da AutoEuropa, objecto desta notícia, demonstra bem que caíram por terra as cobardes tentativas de partidarizar as decisões dos trabalhadores e a sua adesão maciça às lutas desenvolvidas.

Embora mantendo a minha opinião sobre a coordenadora do Prós e Contras tenho o dever de salientar, neste caso da AutoEuropa, a excepção  de uma escolha adequada dos painéis de convidados, permitindo um interessante contraditório, com a participação empenhada dos trabalhadores e seus orgãos representativos..

terça-feira, 12 de setembro de 2017


OS ULTIMOS FAIT DIVERS QUE NÃO O SÃO



O ESQUERDISMO É O QUE É, VEM SEMPRE AO DE CIMA

Sempre em bicos de pés, com o desejo incontido de protagonismo, na perspectiva de, como se diz no Porto, serem os máióres. Ainda há dias, ao falarem no OE, afirmaram que não permitirão (!!!!!) mais cativações, etc., etc.A ansia para a fotografia é tão grande que, por vezes, sem o quererem, acredito, coincidem com a direita, particularmente com a líder do CDS que, a propósito de tudo e de nada, já exigiu a demissão de ministros, secretários de estado, directores gerais e, não lhe faltando a vontade, só restam o primeiro ministro e o presidente da república.
O esquerdismo é o que é, vem sempre ao de cima.



VENTURA DIXIT: CONOSCO OU CONTRA NÓS

Este rapaz, candidato pelo PPD às autárquicas em Loures é, de facto, como agora se diz, uma figura incontornável, digna do Guiness de ópera bufa. Depois dos seus impropérios racistas e xenófobos, ameaça do seu pedestal de arrogância que, se a justiça não pender em seu favor, recorrerá à intervenção da justiça europeia. Ele nasceu fora do tempo, pois a sua filosofia barata tem raízes salazarentas, já que era o seu provável ídolo que dizia: não haja dúvidas, ou estão comigo ou contra mim.
Coitado, ele julga-se protegido por ser comentador televisivo do Benfica mas, seguramente, os dirigentes e massa associativa deste popular clube, repudiam a sua opinião anti social



VANDALISMO NA SEDE DA CANDIDATURA DE ISALTINO

Segundo as últimas, não terá havido assalto em Tancos o que, aliás, fora defendido por Sousa e Castro, um dos capitães de Abril.
Será que o vandalismo, em notícia, na sede da candidatura não terá explicação semelhante ao assalto a Tancos? A comiseração pelo sucedido, poderá ter efeitos benéficos para a candidatura.



BENFICA QUER IMPEDIR DIVULGAÇÃO DE E-MAILS PELO F.C.PORTO….

Afinal pretende-se impor a lei da rolha? Se não há nada para esconder, qual é o mal da divulgação dos e-mails trocados (?) com os árbitros(?). Será na lógica da «inocente» oferta dos vouchers aos mesmos?. Lá diz o ditado, quem não deve não teme.

sábado, 2 de setembro de 2017


O CAVACO E OS PIOS, SEM PIADA NENHUMA



Na publicitada aula da universidade de verão do PPD, Cavaco mostrou-se em todo o seu esplendor: ressabiado, cheio de raiva, falho de discernimento, sem educação nenhuma, utilizou um vocabulário rasca, com pretensões metafóricas desconseguidas. É verdade que foi primeiro ministro, teve duas maiorias absolutas, foi eleito e reeleito PR, porquê? Pela alegada competência, mas qué dela? O eleitorado anestesiado e formatado possibilitou tais resultados, com graves consequências para a maioria dos portugueses. Cavaco sempre demonstrou uma visão curta, pouco inteligente, sectária, arrogante, desprezou e diabolizou o eleitorado representado na AR pelos partidos de esquerda, isto é, a maioria de votantes. atitude que teve o clímax após as eleições de 5 de Outubro de 2015 o que quase lhe provocou um colapso.
Em tempos o seu pai lembrou aos que o contestavam, que: «O meu filho não é um veterinário qualquer, é um professor catedrático....»
Foi, sob todos os aspectos, o pior presidente eleito, ficou ao nível dos nomeados por Salazar.


domingo, 20 de agosto de 2017

A DESCOLONIZAÇÃO DE ANGOLA E O GEN. SILVA CARDOSO



Li anteontem uma notícia no FB sobre a opinião de um historiador àcerca das confissões do gen. Silva Cardoso, ex-Alto Comissário em Angola, e de imediato senti-me na obrigação de comentar a dita, atendendo a que a vivi intensamente, embora preservando a família, perdi quase tudo o que tinha, material e afectos. Entretanto, não fixei o nome do historiador em causa e, por outro lado, não consigo reencontrar a notícia. Omitindo o seu nome não quero deixar de emitir a minha opinião sobre o assunto.

Ainda que a sua apreciação seja crítica, a avaliação do processo de descolonização de Angola não pode limitar-se às memórias do Gen. Silva Cardoso, pois seria uma provocação ao 25 de Abril de 1974, à libertação de Portugal e das colónias, após quase 50 anos de ditadura fascista. Silva Cardoso demonstrou-se retrógrado, com espírito colonialista e com uma certa saudade do estado velho.

O historiador afirma a certa altura que num ápice opinativo, Silva Cardoso considerou traidores os autores da descolonização que quiseram acabar rapidamente com a guerra colonial e levar a cabo com celeridade a emancipação (o homem estava perturbado) dos povos coloniais, pela nefasta influência dominante dos comunistas e pela vaidade de Mário Soares por quem revelou uma inimizade clara ao considerar que não ouviu os povos coloniais e que foi condicionado pela influência soviética e pelo ódio ao Salazarismo. Num pequeno àparte, deixo claro que não me move nenhuma simpatia por Mário Soares, mas o seu a seu dono.

No entanto, o historiador não considera os aspectos seguintes, a meu ver, relevantes para compreensão do fenómeno descolonização de Angola:

1.    A descolonização levada a cabo resultou da obstinada e criminosa recusa de Salazar em corresponder aos apelos dos movimentos de libertação para conversações na década de 50, do séc.XX, às pressões da opinião pública internacional, incluindo as dos seus amigos que não quizeram legitimar abertamente a sua política colonial.

2.    Os movimentos de libertação eram efectivamente os legítimos representantes dos colonizados, a maioria negros, mas também mestiços e brancos não racistas.

3.    É bom lembrar que logo a seguir ao 25 de Abril, uma das primeiras palavras de ordem nas ruas de Portugal, compreensível depois de mais de 13 anos de conflito mortífero, foi o fim da guerra colonial e a interrupção do envio de tropas para as colónias. Passaria pela cabeça de alguém, a não ser na de Silva Cardoso ou de outra gente do tempo velho, em impor que se mantevesse e reforçasse as tropas, que se parasse uns tempos e promovesse um referendo sobre o futuro político da colónia ????

4.    Entretanto nas colónias surgiu logo a exigência da independência sem restrições, pelos seus movimentos de libertação.

5.    A persistência, inicialmente com poderes intocados, da pide, acolitada pelas outras organizações salazarentas, teve efeitos muito nefastos ao atacar o MPLA com a verborreia salazarista anti-comunista para dele afastar a minoria branca, ao fomentar o ódio racial anti-negros e, numa terceira fase ao incentivar a fuga maciça dos colonos através de todos os meios ao seu alcance.

6.    Antes de concluir, enfatiso que o racismo também se manifestou violentamente contra os brancos, com graves incidentes e numerosas vítimas, agudizando-se assim as relações entre as duas comunidades, já de si muito tensas.



Concluindo, a descolonização de Angola foi a possível naquelas circunstâncias e poderia, deveria, ter sido exemplar se Salazar não se mantivesse enquistado no seu casulo de sacristão e encetasse conversações com os movimentos de libertação, com vista à sua autodeterminação e ulterior independência

domingo, 30 de julho de 2017


O ESQUERDISMO AINDA O É?

Em tempos, Lenine manifestou-se crítico do revolucionarismo ou esquerdismo, definindo-o como a doença infantil do comunismo. Várias décadas se passaram desde o 25 de Abril de 1974 e o esquerdismo consolidou-se em Portugal através de uma fusão de várias organizações políticas de extrema esquerda, PSR, UDP e outras, no Bloco de Esquerda BE, que hoje é a terceira força representada na Assembleia da República, fruto das eleições levadas a cabo em 2015, ultrapassando o PCP, que foi o principal opositor ao regime fascista salazarista, que continua a ter grande influência em todos os sectores da vida nacional, particularmente no movimento sindical e nas autarquias, como a terceira representação partidária e unitária.

Assim, o BE, os seus dirigentes, conquistaram posição política relevante, a meu ver, muito graças à conjugação dos factores seguintes:

a)    A persistência do modo desactualizado de comunicação da direcção do PCP com os portugueses, sem ter em conta a sua formatação quotidiana, levada a cabo pela quase totalidade dos media, incluindo os do sector público, e a hierarquia da igreja. Ora a situação nos ultimos tempos é muito diferente da que existiu até ao enraizamento anticomunista do 25 de Novembro, com a colaboração contranatura de antifascistas, como foi o caso de Mário Soares.

b)    A derrocada da União Soviética que o sistema dominante considera, entusiamado, a derrota final do socialismo, com a concumitante vitória definitiva do capitalismo.,,,

c)    A dinâmica política dos dirigentes do BE, alicerçada nos pontos anteriores e no indesmentível consistente e permanente apoio dos media, cujo inimigo principal sempre foi e continua a ser o PCP, um partido de futuro, com passado. Esta indesmentível constatação encontra-se, em termos práticos, no quotidiano da comunicação social, onde a presença do PCP ou de seus simpatizantes é nula ou pouco menos, tanto nas notícias, como nos debates, enquanto que o BE está sempre representado, rivalizando com os representantes omnipresentes dos partidos da direita, prática a que está associada a crítica insidiosa e a mistificação sobre tudo que com ele se relacione.



A actual solução governativa de esquerda, resultante quer da situação calamitosa do país e particularmente dos portugueses, causada pela terrorista governação da direita nos 4 anos anteriores  a 2015, com o beneplácito de um presidente da república incapaz e sectário, como da necessidade imperiosa de inversão governativa em favor da maioria e, não menos importante, da abertura patriótica, para um consenso à esquerda, do secretário geral do PS, do secretário geral do PCP, das direcções do BE e do PEV.

Os bons resultados da governação do PS, com o apoio dos partidos de esquerda, sem pôr em causa a respectiva identidade político-ideológica, demonstra à saciedade a correcção da escolha feita, de resto hoje plenamente reconhecida pelos dirigentes da UE e até por Schauble, ministro alemão das finanças, depois da guerra aberta que lhe moveram.

Neste contexto, apesar da conjugação dos vários partidos para a manutenção do espírito do acordo, sobressai a atitude dos dirigentes do BE, sempre prontos para as solicitações dos media, sublinhando a sua individualidade, qual arautos da verdade absoluta, dando umas vezes no cravo e outras na ferradura, não se coibindo de afirmar que estão sempre na vanguarda da luta.

Esta actuação, propositadamente publicitada, cai bem junto da juventude, é levada a cabo por gente jovem, simpática, com experiência de palco e aparentemente competente, com relêvo para a sua coordenadora, Catarina Martins, sempre impante girando qual catavento, deixando escapar um pequeno esgar de satisfação consigo própria, por vezes a despropósito.

Outro comportamento do BE, para mim, difícil de entender, são os seus afectos/desafectos por Angola e Cuba, muitas vezes em coincidência com a direita. A má vontade dos partidos que o integraram em relação ao MPLA. antes do 25 de Abril, devia-se ao seu alinhamento com o maoismo, o inacreditável regime albanês de Enver Hoxa e o antisovietismo, quando a ulterior história demonstrou o afastamento do MPLA, de Agostinho Neto, em relação à URSS. Após a independência, a 11 de Novembro de 1975, os partidos criadores do BE, deram suporte à criação e acção dos CAC, Comités Amilcar Cabral, grupos políticos de extrema esquerda que originaram a OCA, Organização Comunista de Angola, envolvida no 27 de Maio de 1977 com Nito Alves. É oportuno referir que Nito Alves, ex-dirigente e dissidente do MPLA, recebeu o apoio político da URSS



Concluindo, o esquerdismo ainda o é? Embora com novas roupagens e adaptação à situação actual, persistem neles tiques esquerdistas indicativos de que a transformação ainda é epidérmica. De facto, nos ultimos tempos, apesar de continuar a ser um dos partidos da maioria, os dirigentes do BE apregoam uma irresponsável contestação sectorial ao governo, numa aliança extemporânea à direita. reivindicando para si, em bicos de pés, o epíteto de verdadeira força de oposição.



Esperemos que não se repita a fábula do sapo e da vaca.


sexta-feira, 21 de julho de 2017

RACISMO IMPENITENTE…

O ultimo Prós e Contras na RTP1 abordou o tema racismo, através da pergunta «Portugal é um país racista?», quanto a mim capciosa e por isso errada, pois o que esteve em causa foi indagar se há racismo em Portugal ou se os portugueses são racistas. De facto, a sondagem demonstrou que mais de metade dos portugueses intervenientes consideram que há.

Antes de mais convém ter presente que a antropologia científica demonstrou, há muito tempo, que só existe uma raça, a humana. O racismo e qualquer outra forma de discriminação étnica, social, religiosa, sexual e consequente perseguição dos diferentes, é algo de condenável que, infelizmente, está presente em muitos países ditos civilizados, nomeadamente Portugal.

Vem a propósito a referência ao candidato número 1 da lista da coligação PPD/CDS à autarquia de Loures, nas próximas eleições, que afirmou categóricamente, isto é, sem titubear, o seu racismo anti ciganos. Por coincidência ou não, o candidato em questão, é comentador futebolístico de um canal televisivo, em defesa de seu clube, o Benfica.
A sua candidatura, é uma tentativa oportunista de aproveitamento da popularidade deste grande clube, mas estou em crer que a maioria dos seus adeptos repudia a sua argumentação de cariz racista.

Depois das lamentáveis afirmações do candidato, o CDS repudiou a sua atitude, desvinculou-se da coligação e vai apresentar-se com lista própria, enquanto que o PPD mantém-lhe o seu apoio… Assinale-se que o escolhido candidato reincidiu hoje na sua atitude discriminatória com um ataque  aos islamistas.


Ao menos que os eleitores de Loures e de todo o país,  rejeitem qualquer candidato com tendencias extremistas, racistas e xenófobas, e dêem-lhes o destino que tiveram recentemente os seus pares em França, na Holanda e no Reino Unido, reduzindo-os àquilo que são, uma expressão social e eleitoral residual.

terça-feira, 18 de julho de 2017


A CULPA NÃO TEM QUE MORRER SOLTEIRA

Depois das ultimas tragédias relacionadas com devastadores incêndios, nomeadamente os 47 mortos na EN236, ficou demonstrado que à falta de argumentos construtivos, irrompeu o aproveitamento negativo de tudo o que aconteceu, na tentativa de se obter dividendos políticos, quando se deveria ter unido esforços para apoio às vítimas e imediata recuperação das perdas.

Tal despudorado aproveitamento ficou bem patente no assomo, em bicos de pés, da presidente do CDS, Assunção Cristas, ao exigir a imediata demissão da ministra da Adminstração Interna, pela sua alegada responsabilidade naquela imensa catástrofe, apelando ao regresso imediato de férias do primeiro ministro para o afastamento, sem demora, daquela ministra. A exigência desta dirigente partidária foi de puro oportunismo político e, sobretudo, quis fazer tábua rasa das responsabilidades de todos os governos nacionais, anteriores e actual, que nunca passaram das promessas aos actos, para a gestão adequada das florestas e aposta na prevenção dos incêndios que têm morto pessoas, destruido bens imóveis e recursos vivos e consumido milhares e milhares de hectares do património florestal do país.

Por outro lado, é verdade que, apesar de tudo, veio à tona o decantado espírito solidário dos portugueses, segundo Marcelo porque somos os melhores dos melhores, embora certamente tal deva acontecer com outros povos, em circunstâncias idênticas. Além da oferta de géneros alimentícios e roupas, foram muitas as dádivas em dinheiro, num total superior a 13 milhões de euros. Ao que parece esse elevado montante ainda não teria chegado aos destinatários atingidos pela tragédia, o que serviu para Pedro P.C. atirar à cara do primeiro ministro, num acesso de ira, aos berros, repetido vezes sem conta em todos os media, particularmente nas televisões, incluindo a pública. Até nisto ficou evidente o desnorte e falta de honestidade intelectual do PPC, pois tal dádiva é gerida pelas entidades de solidariedade social, como as Misericórdias e outras, que deverão proceder à sua adequada distribuição, isto é, esta tarefa não incumbe ao governo, ao contrário do que PPC quis transmitir aos portugueses.

Concluindo, a culpa não pode morrer solteira, como se atreveu a aventar PPC, pois muitos são os culpados, antigos e actuais, desde o 25 de Novembro de 1975, já que não vale a pena culpar o estado velho pois, naquele tempo, tudo era muito pequeno, desde as irrisórias mentalidades dirigentes à lamentável resignação do pobrete mas alegrete.


terça-feira, 27 de junho de 2017


DESGRAÇADAS ANALOGIAS

A certa altura do inferno de chamas em Pedrógão Grande surgiu o insistente rumor de que um avião pesado, de combate às chamas, um Canadair, tinha-se despenhado. A Protecção Civil (PC) logo escalou um helicóptero para tentar localizar os putativos destroços do putativo acidente, o qual não foi confirmado. Pouco tempo depois, o responsável máximo pela PC, afirmou que os únicos três Canadair contratados, continuavam o seu trabalho de combate aos incêndios, enquanto que jornalistas presentes insistiam na notícia da queda do avião, dito espanhol, embora se desconhecesse a origem de tal boato o que permanece assim hoje e o ficando o mistério por deslindar, particularmente o(s) seu(s) promotor(es). Outro boato foi produzido, o de que o helicóptero designado para a busca dos destroços não levava combustível suficiente e, por isso, regressou à base o que também não foi confirmado.

Ainda outro boato foi construido, anteontem creio eu, de que houve tentativas de suicídio em Pedrógão Grande em resultado dos dramas humanos relacionados com os incêndios. Quem tomou a iniciativa de comunicar esta dolorosa notícia aos media, em horário nobre, foi Pedro Passos Coelho, presidente do PPD, dito líder da Oposição, acompanhado de outros dirigentes do seu partido que acenavam em concordância com o chefe. Posteriormente, este boato foi desmentido pelo provedor da Santa Casa da localidade, candidato a presidente da autarquia local nas próximas eleições, em representação do PPD, declarando-se o responsável deste lamentável equívoco. Contrafeito e cabisbaixo Pedro Passos Coelho disse não ter problema nenhum em pedir desculpas pelo sucedido.

Dois tipos de boato, rumor, atoarda, com igual finalidade, a tentativa de retirar benefícios eleitorais da catástrofe para a oposição de direita.

Em complemento, o resultado do inquérito promovido pela PC sobre o funcionamento do SIRESP, divulgado há pouco, onde consta que não houve interrupção no seu funcionamento, durante os desvastadores incêndios na região afectada, cujas dúvidas tinham também objectivos políticos

sexta-feira, 16 de junho de 2017




·         A AGENCIA EUROPEIA DO MEDICAMENTO EMA EM PORTUGAL
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·         Ontem uma deputada do CDS afirmou que a decisão governamental de escolher Lisboa para sede da EMA era provinciana !!! Dá a impressão de que esta senhora não sabe o que é provincianismo ou então, o mais provável, é que, por falta de argumentos credíveis, tudo lhe(s) serve para atacar a «geringonça». Quer maior provincianismo do que os argumentos do presidente da Câmara do Porto, sempre presente na sua propaganda, e agora do ex-bastonário da Ordem dos Médicos? Estão sempre em bicos de pés, um pouco como na fábula o sapo em relação ao boi. Então não está sediado o INFARMED, a entidade nacional reguladora do medicamento com toda a infraestrutura laboratorial apetrechada e competente, em Lisboa, independentemente desta «pequenina» cidade ser o que é e cada vez mais a mais apreciada pelos estrangeiros e portugueses que a visitam?
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AS TRISTES FIGURAS E A AGÊNCIA EUROPEIA DO MEDICAMENTO



Volto à carga sobre este assunto. pela triste figura que esta gente anda a fazer, feita catavento, numa atitude pacóvia, provinciana e ridícula, bem patente na daqueles que votaram, por unanimidade a instalação em Lisboa e que agora, alguns se atrevem a afirmar que votaram em Portugal (!!!???) e outros pedem desculpas (de maus pagadores), pela escolha. 
Pergunta-se, porquê o Porto, Braga, Coimbra para se preterir Lisboa na localização da Agência Europeia do Medicamento? Só porque são as máiores? E então porque não Freixo de Espada à Cinta, Monsanto ou Estói ou qualquer outra cidade, vila ou aldeia?
Deve ser Lisboa porque nela se localiza o INFARMED, a entidade nacional reguladora do medicamento, devidamente apetrechada laboratorialmente e dispondo de profissionais altamente qualificados para realizar os diversos e complexos testes dos multiplos medicamentos, antes da sua introdução no mercado nacional.
Outra localização da EMA, em Portugal, obrigaria à problemática reprodução dispendiosa de toda a estrutura do INFARMED, à transferência dos quadros especializados e seus dependentes e ao abandono da actual, de créditos firmados no país, na Europa e no estrangeiro.


terça-feira, 6 de junho de 2017



PORTUGUESES QUE NÃO GOSTAM DE RONALDO

(Artigo de Manuel Cardoso no SAPO a 4/5/2017)



De facto, não há consenso nacional quanto ao Cristiano Ronaldo mas o consenso internacional sobre ele é uma realidade. Porquê? Antes de mais convém ter presente que ele foi formado como jogador no Sporting Clube de Portugal, é associado do Sporting Clube de Portugal, afirma-se sempre sportiguista quando o entrevistam. É isto que explica a falta de consenso nacional ou, dito de outra maneira, ele é rejeitado, criticado, «odiado» pela sua ligação ao Sporting Clube de Portugal? Será possivel tão tacanha e absurda atitude por estas razões? Sim, estou convencido que sim, por uma doença, a hiperclubite cega, que afecta fanáticos da bola, ao ponto de lamentarem que ele já tenha ganho a 4ª bola de ouro e caminhe para a 5ª, que tenha sido eleito o melhor do mundo, o maior goleador, que tenha possibilitado a presença de Portugal no Campeonato Europeu (lembram-se da vitória esmagadora, sobre a Suécia?) que acabou por vencê-lo, etc.,etc. Lamentável, mas esta é a triste realidade nacional.

Este meu comentário suscitou a «revolta» de muitos leitores no FB, onde o publiquei, mas nela ficou demonstrado o preconceito e as causas doentias do mesmo.

sexta-feira, 2 de junho de 2017



Alguns factos políticos de grande relevância:

1. A GERINGONÇA E OS POLITÓLOGOS



«Tremem como varas verdes» ao serem obrigados a admitir que novas geringonças (o tal Portas que pretendeu vaticinar, com o termo, a morte imediata do entendimento das esquerdas em Portugal, ainda hoje se belisca perante a situação política nacional) surjam noutros países europeus e de fora da Europa, sentencio eu. Os dois politólogos citados, Carlos Jalali, estrangeiro e Costa Pinto, português, comentadores do status dominante que consideram o único possível, arrepelam-se todos, confundem os seus desejos, os seus vaticínios com a realidade portuguesa de entendimento, sem descaracterização de principios político-ideológicos dos partidos integrantes, situação impensável há muito pouco tempo. E então produzem algo interessante: porque é que tal acordo só surgiu 41 anos depois do 25 de Abril de de 1974? Questionam mas não explicam porquê? A meu ver, simples cidadão que sou e que viveu o estado velho, a revolução e os 43 anos de democracia relativa, a justificação é simples: porque o secretário geral do PS é António Costa, porque Jerónimo de Sousa, secretário geral do PCP, demonstrou abertura (classificada de milagre, pelo ensaísta Eduardo Lourenço), por existir um BE e um PEV. Com qualquer dos anteriores SG do PS seria irrealizável um acordo, particularmente Mário Soares que sempre privilegiou alianças com a direita, metendo o socialismo na gaveta.

Não ficava nada mal aos dois politólogos um pouco de honestidade intelectual e menos sectarismo.




2. PASSOS COELHO UM TRISTE



Desta vez o primeiro ministro António Costa enganou-se quando classificou Passos Coelho de menos alegre, quando este homem é um triste irrascível, numa combinação aparentemente paradoxal. De facto, ele vive em contradição insanável com o que fez/não fez e diz que fez como primeiro ministro, querendo patéticamente colher os louros dos bons resultados da governação actual. Apesar de ter tempo de antena quotidiano, na rádio e televisão, por coincidência (ou não?) logo a seguir a mais uma boa notícia de recuperação dos malefícios que ele impôs como líder durante os malfadados quatro anos da PAF.

Entretanto, gente do seu universo político-partidário aparece, dando-lhe na cabeça com toda a força, aconselhando-o a uma sabática perpétua. Coisas da vida dirá ele...






3. A ALIANÇA CLIMÁTICA DOS EUA



Bravo pela inteligência, pela determinação, pela coragem destes três estados dos EUA, Califórnia, Nova Iorque e Washington, ao rejeitarem a decisão irresponsável, criminosa e imbecil do Trump, comprometendo-se a respeitar os acordos de Paris em defesa da contribuição para a preservação do clima do nosso planeta, isto é, do futuro da humanidade. É bom recordar que, este personagem de opera bufa, não confia na investigação científica de primeira grandeza do seu país nem na internacional,igualmente de grande qualidade, que têm feito, em estreita cooperação, um estudo aturado e persistente das graves alterações climáticas, suas causas e consequências a prazo, ao declarar Trump, sem pudor que é tudo uma mentira, concluindo enfática e estupidamente «United States first», usando o populismo mais burro, como se fosse possível isolar os EUA do resto do mundo.
Esperemos que outros estados, senão todos, tomem decisão idêntica, isolando o Trump, tornando-o um pária no seu país e aos olhos do mundo inteiro.




sábado, 20 de maio de 2017


E DEUS CRIOU O MUNDO?

Nas ultimas semanas muito se falou na crença e na crendice e sua fundamental importância na sociedade, com inusitada ênfase para os alegados milagres de Fátima, não comprovados, a meu ver não comprováveis, porque se tratou de encenações, deficientemente encenadas.

Na RDP/Antena1 existe um programa, às terças feiras à noite, com o título igual ao que escolhi para este meu artigo, no qual participam um muçulmano, um judeu e um católico, representantes das três religiões monoteístas existentes em Portugal, esquecendo-se do protestantismo e, óbviamente, ficando de fora a miríade de seitas que têm proliferado no país, no seu conjunto, com muitos milhares de apaniguados. A propósito do nome do referido programa dirigi-me ao responsável do mesmo, contestando-o com todo o civismo. Ninguém se dignou acusar a recepção do meu mail o que, a meu ver, se deve a ausência de civilidade, desprezo e/ou, pior ainda, falta de argumentos contestatários.

De facto, considero que o conceito de Deus foi criado pelo homem e não foi Deus que criou o mundo, mesmo que se admita a sua existência.

Acreditar em Deus, em Maria, nos santos e nos milagres, porquê e porque começou? Há 2017 anos nasceu Jesus Cristo, segundo os cristãos e particularmente os católicos, filho de Deus que veio à Terra para expiar os pecados dos homens, foi assassinado depois de crucificado e supliciado pelos romanos, mas ressuscitou ao 3º dia, conforme se afirma na Bíblia, pelo que o seu programado sofrimento foi passageiro.

Para os judeus, Jesus Cristo é o falso messias, pois o verdadeiro nunca chegou e continuam à espera dele.

Os muçulmanos consideram que Cristo foi um mensageiro de Deus.

Pergunto: antes de Cristo como era? Desde que o homem apareceu na Terra há muitos milhares de anos, foram-se formando aglomerados de homens, as sociedades que perante, as suas relações e interêsses, muitas vezes divergentes, sentiu-se a necessidade da sua organização hierarquisada, isto é, a criação e institucionalização de uma cadeia de comando, tendo no topo o/a mais convincente. Entretanto, a vida do ser humano é curta e passageira, hoje muito mais longa na sociedade moderna, graças à Medicina. A morte, única certeza absoluta desta vida, é cheia de imprevistos e mudanças, conducentes quer ao êxtase como ao desespero, num percurso cheio de obstáculos criados, no dizer das religiões, por Deus para experimentar o homem. Esta interpretação maquiavélica, foi uma razões que «obrigou-me» a reflectir sobre a crença e seus defensores. Sem a menor chance de fugir dessa cruel realidade, o ser humano tenta de todas as formas encontrar uma explicação que possa mitigar a sua triste sina. Assim, surge, para alguns, a ideia da continuação da vida após a morte, num limbo tranquilo ou na expiação dos pecados cometidos, num inferno demoníaco para o eterno sacrifíco ou num purgatório menos penoso. O que é certo é que ninguém regressou da morte, salvo Jesus Cristo, filho de Deus, e Lázaro por ele recuscitado, mas nenhum deles revelou o alegado estadio post mortem

E é nesta incessante procura que vem a ideia humana de uma entidade superior que superintende a tudo, isto é, a crença em Deus surgiu do medo da morte. O interessante é que, de facto, a ‘forma’ e o modo de actuação de Deus são, nas religiões ou nas filosofias, ‘representações’ e ‘construções’ humanas.

O biólogo de Harvard, Ernst Mayr lembra que a faculdade humana de acreditar em um ser superior nasceu durante a era glacial, entre 80 000 e 45 000 anos atrás, pois antes desse período não existem registos fósseis que indiquem alguma crença no divino.. 

O filósofo Friedrich Nietzsche disse, sem rodeios, que a fé equivale a não querer conhecer a verdade

Vejamos agora as 7 razões a ponderar sobre a existência de Deus, definidos por Beth Proença Bonilha, n site familia.com.br que o Sapo.pt reproduziu:

1.    Olhe para dentro de si mesmo, converse com o “eu” interior e tente explicar com o entendimento humano sua existência sem a ação de um poder Divino. 

2.    Olhe ao redor e veja a diversidade da fauna e flora. Como tudo isso pode existir sem um comando?

3.    Em um momento de medo, solidão e angústia a quem nosso pensamento se remete?

4.    A vida sendo gerada dentro do ventre de uma mulher faz-nos pensar em como o corpo humano é complexo, e mesmo com toda a tecnologia o homem não é capaz de gerar e fazer crescer a vida mecanicamente, o máximo que se chegou foi à fecundação in vitro, mas sem um útero humano não é possível dar continuidade ao processo.

5.    O homem por mais que tente não consegue dominar alguns processos chamados de naturais como a seca, as inundações, os furacões, os terramotos e o próprio envelhecimento do corpo

6.    A Bíblia e outros registros nos dão a confirmação da existência de Deus, mas, ainda assim, muitos questionam a veracidade desses registros.

7.    A última razão que sugiro para crer em Deus está na prova que você pode fazer de sua , ou seja, “acreditar naquilo que não se vê, mas sabe ser verdade”



Por ultimo, a 8ª razão de Bonilha, a meu ver a mais bombástica: «O facto de alguns considerarem que Deus não existe não elimina o facto de que ele existe».....