MORREU O «DITADOR» FIDEL DE CASTRO
Fidel de Castro, foi figura maior do
século XX, mesmo para aqueles que não nutrem simpatia por ele. Nas ruas de
Havana, noutras cidades cubanas e pelo mundo. houve manifestações de pesar enquanto
que em Miami foram reacções de júbilo pelo desaparecimento de Fidel.
O título que domina os media em
Portugal e no estrangeiro foi: MORREU O DITADOR.
Ditador porquê? Porque, com apoio
do seu povo, defendeu sempre, sem desfalecimentos, a sociedade socialista implantada
em Cuba desde 1959, contra inimigos internos e externos poderosos, como os EUA?
Segundo foi revelado ontem, houve mais de 600 tentativas de assassinato de Fidel,
promovidas e municiadas pelos EUA que nunca aceitaram a vitória da Revolução Cubana
sobre o seu protegido Fulgêncio Batista, um ditador sanguinário e corrupto, num
país transformado em grande casino e antro de prostituição. De resto, os EUA
protejaram, durante décadas, todos os terríveis ditadores sulamericanos,
causadores de sofrimentos inauditos nos povos da região, nomeadamente Pinochet,
Videla, Figueiredo, e tantos, tantos outros.
É preciso não esquecer a malograda
tentativa de invasão na Baía dos Porcos, por tropas estadunidenses que foram
derrotadas e humilhadas pelo exército deste minúsculo país insular. Sem o
sustentáculo do seu povo, vítima de um sofrimento atroz, tal não teria sido
possível.
Quase sessenta anos passados a
Revolução triunfou criando uma sociedade sem classes e a realidade actual dos
cubanos demonstra-o.
Neste país, após a erradicação do
analfabetismo, o ensino é gratuito a todos os níveis escolares, desde a
instrução primária ao doutoramento, a saúde é igualmente gratuita para todos, credenciada e reconhecida na OMS e nos meios científicos
internacionais que tem formado profissionais altamente competentes, os quais
têm dado apoio a países de vários continentes, em cumprimento do
internacionalismo proletário. Também é um marco importante a igualdade de
salários nas empresas publicas, entre operários e técnicos superiores.
Esta situação é uma realidade
apesar do criminoso embargo dos EUA, condenado em praticamente todas as
instâncias internacionais, que ao longo de mais de 50 anos, isolou do resto do
mundo a pequena ilha, ao pé da sua porta, impedindo o relacionamento aberto com
todos os países, em benefício mútuo. Não é despiciendo salientar também a
importância da propaganda da sociedade de consumo desenfreado, em muitos casos
do superfluo, em prejuizo do essencial, fenómeno a que os mais jovens são sensíveis.
Por outro lado, o colapso da
União Soviética, principal parceiro de Cuba, com trocas de bens essenciais, em
todos os domínios do mercado, dificultou ainda mais a vida dos cidadãos e o
desenvolvimento nos mais diversos sectores.
Mesmo assim, Cuba resistiu, está
bem viva, porque é apoiada pelo seu povo. Quantos países conseguiriam resistir
à gigantesca pressão exercida pelo colosso estadunidense, seus indefectíveis
aliados, denegrindo permanentemente a sua imagem, com o objectivo de sufocá-la?
Uma das principais pedras de toque contra Cuba é a alegada falta de liberdade
de opinião. A proposito, um dos opositores mais famosos do regime, Guillermo
Fariñas, herói dos media «ocidentais», é frequentemente entrevistado e escreve
artigos de opinião quando lhe apetece, de tempos a tempos faz greve da fome, o
que é que lhe acontece?
Até agora perderam, a luta
continua.
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