A
ABERTURA DA CAÇA AO VOTO
Abriu a caça ao voto para as
eleições que se avizinham, com fogo de artifício e foguetes, lá para os lados
da direita nacional. É o CDS, cuja presidente e gauleiters já o julgam líder da
dita, o PPD/PSD, fraquinho, fraquinho, a Aliança liderada por um «Jovem de
Portugal, extremista dos anos 50/60, do séc. XX», primeiro ministro por dias e
sempre inconstante, o PPM, o PNR, o MRPP, etc., etc. e, quantos mais melhor,
para a democracia.
O primeiro passo com estrépito
foi dado, de braço dado, por Cavaco que saíu da
hibernação após um sono profundo num qualquer sarcófago egípcio,
provavelmente por causa dos solavancos sobre o Pavilhão Atlântico do seu genro,
de braço dado dizia, com Passos Coelho, o ex-primeiro ministro, que nunca
aceitou, ele e o séquito respectivo, partidário e comunicacional, a solução de
governo do PS, com apoio da esquerda que resultou muito bem para a maioria de
todos nós.
Os argumentos de topo destes
políticos e dos media em geral, incluindo-se os de serviço público, já são
martelados quotidiana e intensamente, há muitas semanas ou meses, como a
austeridade de 2010 a 2015 que não acabou e foi antes agravada, os impostos
aumentaram, os cortes nos salários e nas pensões persistiram, a taxa de
desemprego agravou-se, o nível de vida dos portugueses baixou, a dívida
pública cresceu, as exportações diminuíram, o SNS está decrépito, os professores, os enfermeiros, os
técnicos de diagnóstico, os juízes, os oficiais de justiça, os polícias e gnrs,
os guardas prisionais, estão em greve quase permanente, enquanto que, na
anterior legislatura, o sossego era total porque, as causas de contestação, são
fruto exclusivo da «geringonça», assim intitulada, com intuitos pejorativos, por
Paulo Portas, hoje guru, banqueiro e conferencista.
É preciso reagir, não deixando
para a véspera dos pleitos eleitorais, desmascarando a campanha laboriosamente
orquestrada com todos os muitos e diversificados apoios, alguns subliminares,
trazendo à colacção os indiscutíveis números que atestam exactamente o contrário do que a
propaganda da direita apregoa.
Esta luta tem de começar agora, levá-la às portuguesas e
portugueses e não deixá-la para amanhã.