domingo, 24 de março de 2019

CUBA,
O ÚNICO INTERVENIENTE ESTRANGEIRO NA VENEZUELA, SEGUNDO ASSIS

Na segunda-feira 18 de Março realizou-se, na RTP1, mais um programa Prós e Contras, coordenado por Fátima Campos Ferreira, tendo constituído, como é hábito, duas mesas, uma Pró e outra Contra, sobre a situação na Venezuela.
Na mesa dos presumivelmente Pró, foram convidados o deputado comunista António Filipe, não sabe se a título individual se em representação do PCP e Tiago Moreira de Sá, responsável pela Comissão de Relações Internacionais do PSD.
Na outra mesa, a priori Contra, ficaram o secretário de estado das comunidades, José Luís Carneiro, e o eurodeputado do PS Francisco Assis.
Nos contactos via Skype, esteve um conselheiro das comunidades lusovenezuelanas, um padre e um médico, membro da Associação de Médicos LusoVenezuelanos, e na plateia todas(os) elas(es) luso-venezuelanos, além do repórter da RTP1 Helder Silva e o Camara Araújo que se manifestaram uniformemente contra o governo do país
Quem esteja interessado em ouver (ver e ouvir) exaustivamente todas as intervenções, poderá recorrer à gravação disponível nas várias operadoras de TV.
A primeira palavra foi dada pela coordenadora do programa ao advogado e deputado do PCP, António Filipe. Perante a introdução crítica ao governo da Venezuela, concordou que a situação é grave e preocupante. Sublinhou que não estava ali unicamente para defender o governo de Nicolás Maduro mas anotou que a crise resulta sobretudo do boicote de há vários anos dos EUA, acentuado nos últimos meses, o que impede as trocas com o mercado externo, para aquisição produtos de primeira necessidade, incluindo medicamentos e outros bens, mas também a exportação dos seus produtos petrolíferos. Referiu ainda que Nicolás Maduro é o legítimo presidente eleito no país e criticou aqueles que reconheceram o abusivamente autoproclamado presidente interino Guaidó.
A seguir aflorou a unânime rejeição dos entrevistados via Skype e da plateia, à tèse exposta por António Filipe, quer quanto às causas da crise, no seu entender da responsabilidade exclusiva de Maduro e dos seus apoiantes, como relativamente à não validade da auto proclamação de Guaidó, alegadamente prevista na Constituição, segundo uma advogada ali presente, manifestando-se ainda vários participantes a favor da intervenção no país pelos EUA. De seguida, António Filipe, professor de Direito Constitucional, contestou aquela referência constitucional.
Falou depois o Secretário de Estado das Comunidades, José Luís Carneiro, explicando a posição do governo, com os objectivos essenciais de apoiar e proteger a numerosa comunidade lusa residente e associar-se aos membros da UE e de países amigos, no reconhecimento de Guaidó como presidente interino, mas rejeitando qualquer intervenção estrangeira, defendeu o diálogo, como única forma de resolução pacífica do confronto.
Tiago Moreira de Sá, Responsável pela Comissão de Relações Internacionais do PSD, cuja escolha para a mesa Pró ficou por explicar, foi mais um interveniente contra o governo da Venezuela.
Chamado a intervir o repórter da RTP1 Helder Silva, revelou que no mês inteiro em serviço ali, esteve sempre como turista, pois não quis arriscar-se a legalizar a sua presença junto das autoridades, temendo a sua detenção…(um mês inteiro com visto de turista, exposto pelas câmaras, várias vezes por dia e nada lhe aconteceu, numa ditadura implacável, porquê?). Depois desta estranha comunicação, Fátima Campos Ferreira, num laivo de momentânea independência, perguntou-lhe como explicava o facto de haverem manifs pró Maduro de dimensão idêntica às de Guaidó, ele respondeu de imediato: «Eram todos funcionários !!!», depreendo que trabalhadores da função pública…e eu pergunto, os apoiantes de Guaidó eram todos mercenários?
Escolhi para concluir, a participação do outro membro da mesa Contra, o eurodeputado do PS Francisco Assis que deixou clara a sua condenação de Nicolás Maduro e seus seguidores, pelo seu comportamento antidemocrático e fechou, com chave de lata ferrugenta, a sua proclamação afirmando, ipsis verbis : «A única intervenção externa actual na Venezuela é de Cuba»…

sábado, 9 de março de 2019


A SABOTAGEM COMO MEIO DE PRESSÃO

A principal notícia de hoje sobre este martirizado país é o apagão que dura há mais de 40 horas!!! Qual é a dúvida de que o apagão resultou de sabotagem por ordem do Trump ao seu protegido Guaidó, o autoproclamado interino?
Depois do desenfreado aumento das restrições, com a mesma origem, tudo serve para desestabilizar a Venezuela.
Os media nacionais e os dominantes internacionais nunca tiveram uma interpretação mínimamente honesta, responsabilizando o cerco económico que impede a Venezuela de abastecer-se dos produtos de primeira necessidade e outros, no mercado internacional, devido ao boicote que é exercido sobre este país? Que a falta de medicamentos e de víveres, devida ao ininterrupto cerco ao longo de anos, agravada nos últimos meses é a causa principal das carências de que o seu povo sofre?
A propósito, pergunto: Qual é o país autossuficiente, isto é, que não precisa de se abastecer no mercado externo para complementar as suas necessidades, insuficientes no mercado interno?
Até hoje, há um único país tem conseguido resistir ao cerco imposto, há mais de 6 décadas, pelos EUA, ajudado por amigos e traidores dos mais diversos matizes e com maciça propaganda, agora auxiliada pelas malignas redes sociais. Apenas um, Cuba.
Entretanto, é comum ver e ouvir a nada inocente e injusta pergunta: «Como é que a Venezuela, possuidora de uma das maiores reservas petrolíferas do planeta, não consegue melhores condições de vida para o seu povo?». Santa hipocrisia, então como se a sua exportação para o mercado mundial, está impedida pelo boicote do Trump e seus aliados, reforçado com a ameaça de retaliação para os outros?


A SABOTAGEM COMO MEIO DE PRESSÃO

A principal notícia de hoje sobre a Venezuela, é o apagão que dura há mais de 40 horas!!! Qual é a dúvida de que o apagão resultou de sabotagem por ordem do Trump ao seu protegido Guaidó, o autoproclamado interino?
Depois do desenfreado aumento das restrições, com a mesma origem, tudo serve para desestabilizar a Venezuela.
Os media nacionais e os dominantes internacionais nunca tiveram uma interpretação mínimamente honesta, responsabilizando o cerco económico que impede a Venezuela de abastecer-se dos produtos de primeira necessidade e outros, no mercado internacional, devido ao boicote que é exercido sobre este país? Que a falta de medicamentos e de víveres, devida ao ininterrupto cerco ao longo de anos, agravada nos últimos meses é a causa principal das carências de que o seu povo sofre.
A propósito, pergunto: Qual é o país autossuficiente, isto é, que não precisa de se abastecer no mercado externo para complementar as suas necessidades, insuficientes no mercado interno?
Até hoje, há um único país que tem conseguido resistir ao cerco imposto, há mais de 6 décadas, pelos EUA, ajudado por amigos e traidores dos mais diversos matizes e com maciça propaganda, agora auxiliada pelas malignas redes sociais. Apenas um, Cuba.

Entretanto, é comum ver e ouvir a nada inocente e injusta pergunta: «Como é que a Venezuela, possuidora de uma das maiores reservas petrolíferas do planeta, não consegue melhores condições de vida para o seu povo?». Santa hipocrisia, então como, se a sua exportação para o mercado mundial, está impedida pelo boicote do Trump e seus aliados, reforçado com a ameaça de retaliação para os outros?