terça-feira, 27 de junho de 2017


DESGRAÇADAS ANALOGIAS

A certa altura do inferno de chamas em Pedrógão Grande surgiu o insistente rumor de que um avião pesado, de combate às chamas, um Canadair, tinha-se despenhado. A Protecção Civil (PC) logo escalou um helicóptero para tentar localizar os putativos destroços do putativo acidente, o qual não foi confirmado. Pouco tempo depois, o responsável máximo pela PC, afirmou que os únicos três Canadair contratados, continuavam o seu trabalho de combate aos incêndios, enquanto que jornalistas presentes insistiam na notícia da queda do avião, dito espanhol, embora se desconhecesse a origem de tal boato o que permanece assim hoje e o ficando o mistério por deslindar, particularmente o(s) seu(s) promotor(es). Outro boato foi produzido, o de que o helicóptero designado para a busca dos destroços não levava combustível suficiente e, por isso, regressou à base o que também não foi confirmado.

Ainda outro boato foi construido, anteontem creio eu, de que houve tentativas de suicídio em Pedrógão Grande em resultado dos dramas humanos relacionados com os incêndios. Quem tomou a iniciativa de comunicar esta dolorosa notícia aos media, em horário nobre, foi Pedro Passos Coelho, presidente do PPD, dito líder da Oposição, acompanhado de outros dirigentes do seu partido que acenavam em concordância com o chefe. Posteriormente, este boato foi desmentido pelo provedor da Santa Casa da localidade, candidato a presidente da autarquia local nas próximas eleições, em representação do PPD, declarando-se o responsável deste lamentável equívoco. Contrafeito e cabisbaixo Pedro Passos Coelho disse não ter problema nenhum em pedir desculpas pelo sucedido.

Dois tipos de boato, rumor, atoarda, com igual finalidade, a tentativa de retirar benefícios eleitorais da catástrofe para a oposição de direita.

Em complemento, o resultado do inquérito promovido pela PC sobre o funcionamento do SIRESP, divulgado há pouco, onde consta que não houve interrupção no seu funcionamento, durante os desvastadores incêndios na região afectada, cujas dúvidas tinham também objectivos políticos

sexta-feira, 16 de junho de 2017




·         A AGENCIA EUROPEIA DO MEDICAMENTO EMA EM PORTUGAL
·          
·         Ontem uma deputada do CDS afirmou que a decisão governamental de escolher Lisboa para sede da EMA era provinciana !!! Dá a impressão de que esta senhora não sabe o que é provincianismo ou então, o mais provável, é que, por falta de argumentos credíveis, tudo lhe(s) serve para atacar a «geringonça». Quer maior provincianismo do que os argumentos do presidente da Câmara do Porto, sempre presente na sua propaganda, e agora do ex-bastonário da Ordem dos Médicos? Estão sempre em bicos de pés, um pouco como na fábula o sapo em relação ao boi. Então não está sediado o INFARMED, a entidade nacional reguladora do medicamento com toda a infraestrutura laboratorial apetrechada e competente, em Lisboa, independentemente desta «pequenina» cidade ser o que é e cada vez mais a mais apreciada pelos estrangeiros e portugueses que a visitam?
·          





AS TRISTES FIGURAS E A AGÊNCIA EUROPEIA DO MEDICAMENTO



Volto à carga sobre este assunto. pela triste figura que esta gente anda a fazer, feita catavento, numa atitude pacóvia, provinciana e ridícula, bem patente na daqueles que votaram, por unanimidade a instalação em Lisboa e que agora, alguns se atrevem a afirmar que votaram em Portugal (!!!???) e outros pedem desculpas (de maus pagadores), pela escolha. 
Pergunta-se, porquê o Porto, Braga, Coimbra para se preterir Lisboa na localização da Agência Europeia do Medicamento? Só porque são as máiores? E então porque não Freixo de Espada à Cinta, Monsanto ou Estói ou qualquer outra cidade, vila ou aldeia?
Deve ser Lisboa porque nela se localiza o INFARMED, a entidade nacional reguladora do medicamento, devidamente apetrechada laboratorialmente e dispondo de profissionais altamente qualificados para realizar os diversos e complexos testes dos multiplos medicamentos, antes da sua introdução no mercado nacional.
Outra localização da EMA, em Portugal, obrigaria à problemática reprodução dispendiosa de toda a estrutura do INFARMED, à transferência dos quadros especializados e seus dependentes e ao abandono da actual, de créditos firmados no país, na Europa e no estrangeiro.


terça-feira, 6 de junho de 2017



PORTUGUESES QUE NÃO GOSTAM DE RONALDO

(Artigo de Manuel Cardoso no SAPO a 4/5/2017)



De facto, não há consenso nacional quanto ao Cristiano Ronaldo mas o consenso internacional sobre ele é uma realidade. Porquê? Antes de mais convém ter presente que ele foi formado como jogador no Sporting Clube de Portugal, é associado do Sporting Clube de Portugal, afirma-se sempre sportiguista quando o entrevistam. É isto que explica a falta de consenso nacional ou, dito de outra maneira, ele é rejeitado, criticado, «odiado» pela sua ligação ao Sporting Clube de Portugal? Será possivel tão tacanha e absurda atitude por estas razões? Sim, estou convencido que sim, por uma doença, a hiperclubite cega, que afecta fanáticos da bola, ao ponto de lamentarem que ele já tenha ganho a 4ª bola de ouro e caminhe para a 5ª, que tenha sido eleito o melhor do mundo, o maior goleador, que tenha possibilitado a presença de Portugal no Campeonato Europeu (lembram-se da vitória esmagadora, sobre a Suécia?) que acabou por vencê-lo, etc.,etc. Lamentável, mas esta é a triste realidade nacional.

Este meu comentário suscitou a «revolta» de muitos leitores no FB, onde o publiquei, mas nela ficou demonstrado o preconceito e as causas doentias do mesmo.

sexta-feira, 2 de junho de 2017



Alguns factos políticos de grande relevância:

1. A GERINGONÇA E OS POLITÓLOGOS



«Tremem como varas verdes» ao serem obrigados a admitir que novas geringonças (o tal Portas que pretendeu vaticinar, com o termo, a morte imediata do entendimento das esquerdas em Portugal, ainda hoje se belisca perante a situação política nacional) surjam noutros países europeus e de fora da Europa, sentencio eu. Os dois politólogos citados, Carlos Jalali, estrangeiro e Costa Pinto, português, comentadores do status dominante que consideram o único possível, arrepelam-se todos, confundem os seus desejos, os seus vaticínios com a realidade portuguesa de entendimento, sem descaracterização de principios político-ideológicos dos partidos integrantes, situação impensável há muito pouco tempo. E então produzem algo interessante: porque é que tal acordo só surgiu 41 anos depois do 25 de Abril de de 1974? Questionam mas não explicam porquê? A meu ver, simples cidadão que sou e que viveu o estado velho, a revolução e os 43 anos de democracia relativa, a justificação é simples: porque o secretário geral do PS é António Costa, porque Jerónimo de Sousa, secretário geral do PCP, demonstrou abertura (classificada de milagre, pelo ensaísta Eduardo Lourenço), por existir um BE e um PEV. Com qualquer dos anteriores SG do PS seria irrealizável um acordo, particularmente Mário Soares que sempre privilegiou alianças com a direita, metendo o socialismo na gaveta.

Não ficava nada mal aos dois politólogos um pouco de honestidade intelectual e menos sectarismo.




2. PASSOS COELHO UM TRISTE



Desta vez o primeiro ministro António Costa enganou-se quando classificou Passos Coelho de menos alegre, quando este homem é um triste irrascível, numa combinação aparentemente paradoxal. De facto, ele vive em contradição insanável com o que fez/não fez e diz que fez como primeiro ministro, querendo patéticamente colher os louros dos bons resultados da governação actual. Apesar de ter tempo de antena quotidiano, na rádio e televisão, por coincidência (ou não?) logo a seguir a mais uma boa notícia de recuperação dos malefícios que ele impôs como líder durante os malfadados quatro anos da PAF.

Entretanto, gente do seu universo político-partidário aparece, dando-lhe na cabeça com toda a força, aconselhando-o a uma sabática perpétua. Coisas da vida dirá ele...






3. A ALIANÇA CLIMÁTICA DOS EUA



Bravo pela inteligência, pela determinação, pela coragem destes três estados dos EUA, Califórnia, Nova Iorque e Washington, ao rejeitarem a decisão irresponsável, criminosa e imbecil do Trump, comprometendo-se a respeitar os acordos de Paris em defesa da contribuição para a preservação do clima do nosso planeta, isto é, do futuro da humanidade. É bom recordar que, este personagem de opera bufa, não confia na investigação científica de primeira grandeza do seu país nem na internacional,igualmente de grande qualidade, que têm feito, em estreita cooperação, um estudo aturado e persistente das graves alterações climáticas, suas causas e consequências a prazo, ao declarar Trump, sem pudor que é tudo uma mentira, concluindo enfática e estupidamente «United States first», usando o populismo mais burro, como se fosse possível isolar os EUA do resto do mundo.
Esperemos que outros estados, senão todos, tomem decisão idêntica, isolando o Trump, tornando-o um pária no seu país e aos olhos do mundo inteiro.