quarta-feira, 24 de outubro de 2012

A ESTÓRIA REPETE-SE


É um verdadeiro sobressalto o que pode resultar do conluio entre o governo e a UGT, denominada União Geral de Trabalhadores (não é dos trabalhadores por acaso?), que, uma vez mais, dá uma mãozinha ao poder.
Aproveito para trazer à colação (parafraseando o primeiro-ministro) as ultimas intervenções críticas de Torres Couto, anterior secretário geral daquela organização.
De facto, em primeiro lugar o Ministro da Segurança Social (bonzinho que ele é !!!), declara-se aberto a negociar alguns dos pesadíssimos agravamentos previstos para o OE 13. Pois bem, logo a seguir o secretário geral da UGT afirma que vai fazer tudo para reduzir as implicações sociais negativas (sinceramente, haverá alguma positiva?) do OE 13. Assim, antevê-se a tentativa de branqueamento de algo que nem a lixívia mais concentrada o conseguiria....
Está mesmo a ver-se que não houve combina nenhuma que é mera coincidência, como o foi a convergência na «Concertação Social» do governo, patrões e UGT que tornou a legislação laboral num mero instrumento dos empreendedores (agora não há patrões…) para seu proveito, com o apoio dos governantes e a inefável contribuição desta Central «Sindical».
Este acordo concertado é sistematicamente brandido contra os malvados da CGTP, central sindical que representa muito poucos sindicatos e pouquíssimos trabalhadores, organizadora de manifestações irresponsáveis de centenas de milhar de figurantes que põem em causa o consenso e a estabilidade social. Hoje em dia, só os mais empedernidos anti-comunistas e anti-esquerda em geral, aceitam esta argumentação balôfa, impingida por uma cassete quotidiana alimentada pelos media.
O pior para estes amantes da paz social podre é que os portugueses tomam cada vez maior consciência de como estão a ser vitimas de objectivas e intencionais políticas desumanas, ao mesmo tempo que começa a ter-se a noção da sua força desde que se unam e actuem

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