sábado, 28 de janeiro de 2017


IGNORÂNCIA OU SECTARISMO DOS MEDIA
Morreu quarta feira passada Mário Ruivo, biólogo, especialista em Oceanografia Biológica, figura de destaque no meio científico nacional e internacional, particularmente nas Ciências do Mar. Depois da postgraduação que fez na Sorbonne, em Paris, foi consultor na sede da FAO, em Roma, até ao 25 de Abril de 1974, quando regressou a Portugal e foi escolhido para Ministro dos Negócios Estrangeiros. Com ele e por ele foi criada uma Direcção Geral, organismo que concentrava tudo quanto dizia respeito à gestão e investigação da Ciências do Meio Ambiente, marinho e de águas interiores, até então disperso por vários ministérios. Reconhecida autoridade sectorial internacional, desempenhou diversos cargos e funções. Professor Universitário convidado em várias universidades, foi-lhe concedido recentemente, pela Universidade do Algarve, o doutoramento Honoris Causae. Ontem, durante o velório realizado na Gare Marítima de Alcântara, posta à disposição da família pelo Governo e Câmara Municipal de Lisboa, foi-lhe prestada uma sentida e merecida homenagem, com a presença de inteligência nacional e internacional. Pois bem ou melhor pois mal, nenhum dos canais televisivos, públicos e privados, noticiou sequer a infausta notícia e respectiva homenagem. Porquê? Um «pequeno pormenor» que talvez justifique a negação, Mário Ruivo era um homem progressista, de esquerda, antifascista, respeitado por todos, incluindo as(os) da direita inteligente. Lamentável.

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