sábado, 30 de novembro de 2019

TRAGÉDIA DELIRANTE

Há dias, foi noticiado que o presidente Lula iria ser encarcerado de novo, para cumprir uma pena de 17 anos. Provavelmente terá sido uma notícia falsa mas, mesmo que não se confirme este agoiro, o Brasil actual, sob a batuta do inigualável presidente Bolsonaro, está fora da lei, da moral, da ética, da segurança dos cidadãos, mesmo dos seus apaniguados, senão seguirem à risca a sua infecta cartilha.
Os maiores dislates e decisões ultrapassam os níveis da decência e da responsabilidade de alguém que é chefe de estado, o qual não olha a meios para os justificar, fazendo-se acompanhar de gente da mesma igualha. É sua intenção, diversas vezes ameaçada, de instituir a censura sempre que não lhe agrade alguém da cultura ou da comunicação social, de resto já praticada, como foi o caso da Folha de S,Paulo, excluída da lista de periódicos que o governo recebe.
Bolsonaro tentou persistentemente, contra tudo e contra todos, nomear o seu filho Eduardo, como embaixador nos EUA, cujo currículo era insustentável da capacidade para o cargo e não teve outro remédio senão desistir da nomeação. Este é um claro caso de nepotismo, de tentativa de favorecimento de um familiar.
O presidente da Fundação Palmares, Sérgio Nascimento, escolhido para o seu governo, declarou que o sambista Martinho da Vila, reconhecido e apreciado em todo o lado, dentro e fora do país, é um vagabundo que devia ser mandado para o Congo, sem especificar qual, naturalmente porque a sua ignorância racista não o permite.
A propósito dos devastadores incêndios na Amazónia brasileira, o presidente do Brasil acusou o actor Leonardo di Caprio de financiar os fogos que os provocam…Um mínimo de pudor e sentido de estado deveria ter impedido tal imprecação.
Jair Bolsonaro foi eleito por influência directa da IURD, da Igreja Evangélica e de outras seitas, que exploram os seus prosélitos, material e psicologicamente, enquanto vivem que nem nababos, fruto do semi-analfabetismo e obscurantismo da sociedade que os subjuga aos ditâmes daquelas organizações fanatizantes.

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